sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

RAINHA DA INGLATERRA

Não será nada fácil a missão do senador Edison Lobão, caso venha realmente assumir o Ministério de Minas e Energia.

Em primeiro lugar vai ter que conviver com os senadores José Sarney e Roseana tomando as decisões e ele só assinando os documentos, se bem que com isso já está costumado.

além disso terá a marcação cerrada da ministra-chefe da casa civil Dilma Roussef, que além de não ser simpatica à indicação de Lobão (deve ter seus motivos), preferia efetivar alguém de sua total confiança e que fosse um técnico ao invés de um político, o que deixaria também o empresariado paulista ligado ao setor energético mais satisfeito.

Dilma conseguiu manter todos os postos de segundo escalão do ministério, para a tristeza principalmente de Sarney que pretendia emplacar Astrogildo Quental para presidir a eletronorte.

Ao que parece Lobão será uma espécie de rainha da Inglaterra , com muita pompa, muitos salamaleques, mas poder mesmo que é bom, quase nenhum.

Resta-lhe pelo menos a alegria de ver o filho Edinho fazendo sua estréia na carreira parlamentar ucupando no senado federal a cadeira que é do pai desde 1995.

14 comentários:

Anônimo disse...

Lambão já está acostumado a servir de pau-mandado do velho Sarna e toda a sua trupe. Como ministro só vai cumprir uma formalidade. Não tem força de nada. Mas o pior mesmo é que a Dilma tirou o pão da boca dos apadrinhados de Sarna. O velho deve estar uma arara. Isto mostra que a cada dia que passa vai minguando a sua influência junto ao governo federal.

Anônimo disse...

Sei não, mas tem-se a impressão que a Síndrome de Silas já começa a rondar Lobão.

Anônimo disse...

EDINHO LOBÃO SOB INVESTIGAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL.

DEFINITIVAMENTE O INICIO DE 2008 ESTÁ SENDO DE LASCAR PARA O GRUPO SARNEY, ELES NÃO ESTÃO TIRANDO MAS NEM SESTA DEPOIS DO ALMOÇO, TAMANHO É O PAVOR QUE OS PESADELOS ATUAIS LHES TRAZEM. DEPOIS DE FERNANDO SARNEY, AGORA É A VEZ DE EDINHO SER INVESTIGADO MPF, QUEM NOS INFORMA É A REVISTA VEJA.

Maranhão
Filho de Edison Lobão é investigado pelo MP


Enquanto o nome do Senador Edison Lobão (na foto, ao lado da senadora Rosena Sarney) é definido pelo governo para assumir o Ministério de Minas e Energia, a emissora de TV do seu filho, Edison Lobão Filho, é investigado pelo Ministério Público Federal no Maranhão. Reportagem da Agência Folha aponta que, com a ajuda da Polícia Federal, o MP apura se a TV Difusora, retransmissora da programação do SBT, foi arrendada ilegalmente para uma ONG do Rio de Janeiro, a Idetec.

Segundo informações obtidas junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) pelo do Sindicato dos Jornalistas de Imperatriz (MA), a ONG não tem concessão de televisão, e, portanto, não pode dirigir a emissora. Lobão Filho é sócio-majoritário da TV Difusora, e sócio dos irmãos Márcio e Luciano Lobão no Sistema Difusora de São Luís, o segundo maior grupo de comunicação do estado, atrás apenas do Sistema Mirante, da família Sarney. Em São Luís, além da TV, o Sistema Difusora tem uma rádio AM e uma FM.


http://vejaonline.abril.uol.com.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=1&pageCode=1&textCode=134538&date=currentDate#135691

Anônimo disse...

DEU NA AGÊNCIA ESTADO
DILMA TIRA PODERES DE LOBÃO.


Dilma proíbe PMDB em estatais de Minas e Energia

Brasília - O PMDB conseguiu a nomeação do senador Edison Lobão (PMDB-MA) para o Ministério de Minas e Energia, mas não terá autonomia em nomear afilhados políticos na direção das principais e cobiçadas estatais do setor de energia. A entrega da pasta no sistema "porteira fechada", com todos os cargos distribuídos ao partido, foi vetado pela chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que defendeu a ocupação das funções estratégicas por técnicos ligados ao PT - e a ela, principalmente.

O esvaziamento da pasta foi confirmada hoje por líderes peemedebistas, um dia depois de a legenda levar o nome de Lobão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao destacar que a verticalização, regra pela qual a sigla assume todos os postos de comando do ministério, não é comum no governo, embora a filiação partidária seja um dos critérios nas indicações.


"Temos um governo de coalizão e a verticalização do ministério não é a política do governo", afirmou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), para quem, depois da posse, o senador do PMDB do Maranhão estará envolvido no preenchimento das funções vagas. "Não existe nenhum ministério de porteira fechada", insistiu. "Os cargos que estiverem ocupados não serão mudados, pois não estamos num novo governo", disse Jucá, ao destacar a importância de não haver interrupção no setor.


Cauteloso, ele pediu calma nas nomeações para vagas vinculadas ao setor energético, mesmo porque se trata de uma área sensível e estratégica. Na mesma linha, o líder da agremiação na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), disse que Lobão fará uma avaliação criteriosa das indicações Lula, responsável pelas nomeações. "Com certeza, Lobão terá todo o cuidado nessa questão", afirmou Alves, ao acreditar que, além das reivindicações partidárias, ele respeitará o perfil técnico.


Influência


O líder do PMDB na Câmara lembrou que estatais como as Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobrás) e do Norte do Brasil (Eletronorte) e Furnas Centrais Elétricas sempre estiveram sob o comando de funcionários ligados ao partido, enquanto a Petrobras se tornou um reduto do PT na gestão Lula. Alves afirmou crer que, mesmo que não venha a montar o ministério, o senador do PMDB terá influência. "Não vai haver brigas. Estamos passando por um momento difícil no setor e tudo passará pelo crivo do novo ministro", afirmou. (Cida Fontes)

http://www.ae.com.br/institucional/ultimas/2008/jan/11/2336.htm

Anônimo disse...

Essa foi boa! Se realmente Lobão assumir o ministério da cota do PMDB, sugerimos que se coloque uma coroa de rainha na cabeça do cabra. E quanto a essa de ele ficar assinando as decisões de Sarney e Roseana, sei não. Parece que do jeito que estão as coisas essa dupla não tem condições de tomar nenhuma decisão. Eles estão é numa braba.

Anônimo disse...

ÉPOCA DESTA SEMANA É NITROGLICERINA PURA EM CIMA DOS SARNEY E DOS LOBÃO!


A REVISTA ÉPOCA, DA EDITORA GLOBO, POR IRONIA A MESMA GLOBO QUE OS SARNEY RETRANSMITEM NO MARANHÃO, DETONA TUDO SOBRE AS INVESTIGAÇÕES CONTRA OS SARNEY E CONTRA EDINHO LOBÃO. SEGUE A INTEGRA DA MATÉRIA E NO FINAL O LINK DE ACESSO, CUJO O ACESSO É ABERTO SOMENTE PARA OS ASSINATES DA REVISTA OU DA GLOBO.COM.

11/01/2008 - 22:50 | Edição nº 504


Curto-circuito no ministério

Uma rede de intrigas e suspeita envolve a família Sarney e complica a nomeação de Edison Lobão como o novo ministro de Minas e Energia
Andrei meireles, ricardo amaral e rodrigo rangel, de são luuis.

TRAMA
Da cima para baixo, Fernando Sarney, o senador Edison Lobão e o senador José Sarney. Eles enxergam nas denúncias uma sabotagem para evitar a nomeação de Lobão ao Ministério de Minas e Energia
Menos de um ano depois da operação Navalha da Polícia Federal – escândalo que provocou a demissão de Silas Rondeau do Ministério de Minas e Energia –, os interesses da família do ex-presidente José Sarney no setor elétrico estatal estão gerando um curto-circuito político em Brasília. Na divisão do poder entre os aliados do presidente Lula, o ministério está na cota da bancada do PMDB do Senado, ou seja, de José Sarney. Mas ele é chefiado há nove meses pelo interino Nelson Hubner, ligado ao PT. O PMDB esperava receber o posto de volta na semana passada, mas três fios desencapados ameaçam eletrocutar a operação.
O primeiro fio solto é o nome indicado por Sarney para o cargo: o senador Edison Lobão (PMDB-MA). Sem nenhuma experiência no ramo, torná-lo ministro seria um mau sinal no momento em que a incerteza volta a rondar o abastecimento de energia (leia mais à página 38). O segundo fio perigoso é o suplente do senador, seu filho Edson Lobão Filho, conhecido como Edinho. Se o pai virar ministro, Edinho irá para o Senado levando um rosário de investigações e suspeitas, quando a casa ainda não se recuperou do processo contra Renan Calheiros (PMDB-AL). O terceiro cabo, de mais alta voltagem, são as investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal sobre os negócios do empresário Fernando Sarney, filho do ex-presidente e eminência parda do setor elétrico.
Desde novembro de 2006, Fernando, o administrador dos negócios da família Sarney no Maranhão, está sob investigação da PF e do Ministério Público Federal. O ponto de partida foi um comunicado do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Fazenda ao Ministério Público sobre movimentações atípicas, num total de R$ 3 milhões, em contas bancárias controladas por Fernando Sarney. No fim do ano passado, a família Sarney descobriu que os telefones de Fernando estavam grampeados pela PF. Amigos de Sarney contam que o ex-presidente ficou transtornado com a informação.
José Sarney acionou o advogado brasiliense Antonio Carlos "Kakay" Almeida Castro, dono de forte círculo de amizades no governo, para saber a extensão dos danos. Depois de uma batalha nos tribunais para ter acesso aos dados da investigação, Kakay e o advogado Eduardo Ferrão descobriram que os sigilos bancário e fiscal de Fernando, de sua mulher, Teresa Murad Sarney, e de contadores de suas empresas também haviam sido quebrados. Na Justiça, o Ministério Público Federal no Maranhão obteve a quebra do sigilo telefônico do filho de Sarney em dezembro, mas ele já havia sido apanhado, há quase um ano, em grampos armados pela PF para outras investigações.
Esse conjunto de informações desa-tou entre os amigos de Sarney uma teoria da conspiração. As investigações teriam o objetivo de intimidar e enfraquecer o PMDB e Sarney, o mais importante aliado do governo no Congresso. Um dos objetivos da conspiração seria manter o Ministério de Minas e Energia sob o controle da poderosa ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a quem o interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, é ligado. Teorias à parte, o fato é que os investigadores da PF e do MP dizem ter encontrado matéria sólida nas contas de Fernando Sarney e suas empresas. ÉPOCA apurou, em São Luís, no Maranhão, que o Ministério Público suspeita do trânsito de dinheiro entre o Sistema Mirante de Comunicação, uma rede de emissoras de rádio, televisão e jornal, vitrine dos negócios da família Sarney, e a São Luís Factoring e Fomento Mercantil Ltda., outra empresa familiar até então desconhecida.
Empresas de factoring trocam cheques e outros títulos a prazo por dinheiro à vista – e cobram comissão por isso. É o que faz a São Luís Factoring e Fomento Mercantil Ltda. O problema é que, com a quebra dos sigilos bancário e fiscal autorizada pela Justiça, descobriu-se que a São Luís só realiza transações entre as próprias empresas do grupo Sarney. Anualmente, a São Luís costuma movimentar mais de R$ 100 milhões. Só no ano passado, a empresa lucrou cerca de R$ 25 milhões em juros e comissões – supostamente cobrados de suas co-irmãs do Grupo Mirante. "Esse é o calcanhar-de-aquiles dessas operações que estamos investigando", disse a ÉPOCA uma autoridade diretamente envolvida na apuração, sob a condição de anonimato porque a investigação corre em segredo de Justiça.
A São Luís Factoring foi aberta em julho de 2000. Hoje, está registrada em nome de um contador do grupo e de Teresa Murad Sarney. Teresa é também a atual presidente da Gráfica Escolar, que edita o jornal O Estado do Maranhão, um dos veículos do pool de comunicação da família Sarney, que inclui três emissoras de rádio e a TV Mirante. O endereço da factoring é o mesmo do jornal e da TV Mirante. Os investigadores dizem se concentrar agora na suspeita de que a empresa tenha servido para lavar dinheiro. "O lucro declarado dessa factoring pode ser uma forma de esquentar dinheiro", afirma um dos investigadores.
Relatório do Coaf – órgão de fiscalização – alertou sobre os grandes saques em dinheiro de Fernando Sarney em 2006
A Receita Federal já instaurou uma ação fiscal contra o grupo. O juiz federal Neian Milhomem Cruz, da vara especializada em lavagem de dinheiro de São Luís, autorizou a quebra de sigilo bancário da TV Mirante, da Gráfica Escolar e da São Luís Factoring. Na Polícia Federal, em vez de ser tocada pela Superintendência do Maranhão, a investigação foi concentrada em Brasília. Está a cargo da Divisão de Crimes Financeiros, a mesma que investigou o mensalão. Em março do ano passado, um delegado da divisão foi a São Luís e pediu a ampliação da quebra do sigilo bancário. Hoje, nos 13 volumes que compõem o inquérito, estão todas as movimentações financeiras do grupo realizadas entre 2002 e 2006. Antes do pedido, havia sido quebrado o sigilo apenas das operações realizadas nos três meses anteriores à eleição.
ÉPOCA teve acesso às informações do relatório do Coaf que alertou a Polícia Federal e o Ministério Público sobre os grandes saques em dinheiro vivo das contas de Fernando Sarney às vésperas do segundo turno da eleição de 2006. O primeiro movimento se dá em 23 de outubro. É quando o empresário Eduardo Lago, concunhado de Fernando Sarney, deposita R$ 2 milhões na conta da Gráfica Escolar. No dia seguinte, o dinheiro volta para a conta de Lago. Em seguida, a transferência é refeita. Desta vez, Eduardo Lago deposita diretamente na conta de Fernando Sarney. O primeiro saque, de R$ 1,2 milhão, foi feito em 25 de outubro. Os R$ 800 mil restantes foram retirados no dia 26. Nas duas vezes, o dinheiro foi sacado em espécie. Os saques foram feitos na agência 2192 do Bradesco, no centro de São Luís, onde Fernando Sarney mantém conta. Houve ainda outras movimentações atípicas. Segundo o relatório do Coaf, entre 27 de setembro e 27 de outubro, foram retirados mais R$ 1.022.450 de contas da TV Mirante. Os saques, também em dinheiro vivo, foram feitos por Carlos Henrique Campos Ferro e Teresa Cristina Ferreira Lopes. Segundo Fernando Sarney, os dois são funcionários da emissora. ÉPOCA conversou com Teresa Murad e advogados da família Sarney, mas eles preferiram não se pronunciar sobre o caso da São Luís Factoring.
A proximidade das movimentações com o segundo turno da eleição de 2006, realizado em 29 de outubro, levou os investigadores a suspeitar que os saques possam ter relação com o financiamento da campanha de Roseana Sarney ao governo do Maranhão. Fernando Sarney era o tesoureiro informal da campanha da irmã. Roseana, à época no PFL, está hoje no PMDB. E acabou perdendo a disputa para Jackson Lago, do PDT. O maior desafio da investigação, agora, é refazer o caminho do dinheiro. Eduardo Lago e Fernando Sarney dizem tratar-se de um empréstimo para fins privados. Se a natureza da operação era essa, os investigadores se perguntam por que, então, o dinheiro foi sacado em espécie.
Se a hipótese da investigação sobre dinheiro para financiamento eleitoral for verdadeira, essa não seria a primeira vez que os Sarneys se expõem por causa de dinheiro de campanha. Em 2002, a candidatura de Roseana à Presidência da República implodiu depois que a PF encontrou R$ 1,3 milhão no escritório da empresa Lunus, dinheiro que segundo a polícia seria para o caixa dois da campanha. Para os Sarneys, aquela ação policial teria sido encomendada para tirar Roseana do caminho do tucano José Serra, que era o candidato oficial ao Palácio do Planalto. Nessa época, Roseana tinha deslanchado nas pesquisas entre os favoritos.

APOIO
O presidente Lula e a ministra Dilma Rousseff no Planalto. Ela quer manter o atual ministro e deixar Lobão de fora
Da mesma forma, a família e os aliados suspeitam que o cerco às empresas administradas por Fernando teria o objetivo de minar o poder do clã em Brasília, o que inclui a sucessão nas Minas e Energia. De acordo com aliados próximos, a descoberta da extensão das investigações foi um dos motivos que levaram Sarney a recusar a indicação do PMDB para disputar novamente a presidência do Senado, na vaga aberta pela renúncia de Renan Calheiros, em dezembro. O experiente senador, segundo essa versão, avaliou que sua candidatura poderia atrair atenções para acusações contra o filho e as empresas da família.
Fernando Sarney ocupa um lugar estratégico no organograma da família Sarney. Embora seja uma pessoa extrovertida, não se expõe aos holofotes longe de casa – diferentemente do pai, da irmã senadora e do irmão deputado e ex-ministro Zequinha Sarney. A atividade que mais o aproxima da política, oficialmente, é o cargo de vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol. Quando viaja para Brasília, Fernando despacha no escritório da CBF na capital. Recentemente, ajudou o presidente da confederação, Ricardo Teixeira, a enterrar no Congresso a CPI do Corinthians. Além de cartola, Fernando é desportista. Joga futebol em qualquer modalidade – campo, areia, quadra – e é considerado um bom atacante.
No Maranhão, Fernando Sarney é um verdadeiro agitador cultural. Em São Luís, comanda festas de micareta, ali chamada de Marafolia, escreve letras para o grupo local Bicho Terra, dá canjas de gaita em boates e convive com músicos e artistas plásticos. Na juventude, Fernando chegou a tocar em uma banda de rock. Por um breve período, brevíssimo, pensou em seguir a carreira musical. Foi desencorajado pela mãe, dona Marly, e pelo pai. Estudioso, fluente em cinco idiomas, formou-se em Engenharia Elétrica na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, a Poli da USP.
Depois de trabalhar numa empresa em São Paulo, Fernando voltou para São Luís e assumiu a presidência da Companhia Elétrica do Maranhão (Cemar). A estatal foi comprada e depois devolvida ao governo pela americana PPL, num dos mais estranhos casos do processo de privatização do setor elétrico. Na Cemar, Fernando conheceu Silas Rondeau, que se tornaria depois ministro de Minas e Energia. De lá para cá, amigos do tempo da Poli acompanham sua trajetória. Um dos expoentes do grupo é o engenheiro Astrogildo Quental, diretor-financeiro da Eletronorte e candidato dos Sarneys à presidência da Eletrobrás, hoje controlada pelo PT (leia o quadro abaixo).
Para a cúpula do PMDB, as acusações contra o grupo de Sarney partem de setores do PT interessados em enfraquecer o PMDB. No Congresso, os dois partidos são aliados, mas na Esplanada dos Ministérios disputam palmo a palmo cada nicho de poder. Essa relação conturbada explicaria os tiros disparados contra o grupo de Sarney pela Polícia Federal, subordinada ao ministro petista da Justiça, Tarso Genro, e dirigida pelo ex-petista Luis Fernando Correa. Na cúpula do PMDB, o ministro Tarso Genro é chamado de "Edgar", numa alusão a J. Edgar Hoover, o lendário chefe do FBI que se manteve no cargo durante décadas (de 1924 a 1972) manipulando segredos dos políticos dos Estados Unidos.

CONSPIRAÇÃO
O PMDB acha que o ministro Tarso Genro (acima) está por trás da investigação
Na noite da quinta-feira, o presidente do PMDB, Michel Temer, foi ao Palácio do Planalto acompanhado de Sarney, do presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), e de outros chefes do partido. Indicaram oficialmente o nome de Edison Lobão para o Ministério de Minas e Energia. Lobão, de 71 anos, fez sua carreira política à sombra de Sarney, de quem se tornou amigo na década de 1960. Até o ano passado, era um dos peões do esquema Sarney no DEM, mas entrou no PMDB em busca da presidência do Senado ou do Ministério de Minas e Energia. Com a eleição de Garibaldi Alves no Senado, restou a segunda opção. Lobão foi governador do Maranhão de 1991 a 1994. As maiores marcas de seu governo foram a influência da então primeira-dama, hoje deputada, Nice Lobão, conhecida como mandona, e a ascensão dos negócios de seu filho Edinho.
O grupo que foi ao Planalto esperava voltar para casa com a fatura liquidada, mas todos saíram frustrados. Lula elogiou protocolarmente a indicação, mas deixou para fazer o convite a Lobão (ou seja, decidir se ele será mesmo ministro) numa conversa que só deve ocorrer depois da quarta-feira 16, quando voltar de uma viagem com paradas na Guatemala, em Cuba e no Acre.
Sintomaticamente, Lula comentou com os aliados o noticiário da imprensa sobre os processos que envolvem Lobão e seu filho suplente. "Ele está apanhando muito?", perguntou Lula, segundo um dos presentes. "A mídia sempre faz isso quando o político tem o nome lançado para um ministério", disse o presidente. Os aliados deixaram o Planalto com a impressão de que Lula joga com o tempo porque tem receio de enfiar os dedos nessa perigosa tomada. Exposto a mais uma semana de noticiário negativo, Lobão pode acabar torrado de vez ou, na melhor hipótese, ser obrigado a compartilhar o comando de Minas e Energia com dirigentes indicados pela Casa Civil. Nas palavras de um chefe partidário, "um ministério com os bigodes de José Sarney e a cabeça da Dilma Rousseff".

Na mira do aliado
Quais são e quanto valem os cargos de estatais do setor elétrico desejados pelo PMDB e ocupados pelo PT





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LUXO
Em São Luís, Edinho gosta de andar de helicóptero
Edinho, suas empresas e a doméstica
Como o filho de Lobão diz ter transferido uma distribuidora de bebidas para uma mulher que nem sabe ser a sócia da firma
Edison Lobão Filho, o Edinho, de 43 anos, é o mais velho dos três filhos do senador Edison Lobão. Diz ter começado a vida de trabalho, aos 18 anos, como dono de uma padaria em Serra Pelada, no auge da exploração do garimpo de ouro na década de 80. Quando o pai governou o Maranhão, de 1991 a 1995, ele foi seu secretário particular. Com o aval do pai, supervisionava todas as secretarias do governo do Maranhão. Foi nessa época que começou sua carreira de empresário bem-sucedido, bombardeada pelos adversários políticos do pai no Maranhão. Logo no primeiro ano do governo Lobão, Edinho comprou a TV Difusora, retransmissora do SBT em São Luís. Na ocasião disse ter pago a aquisição com um empréstimo bancário – hoje ele é dono de duas emissoras de TV e de uma rádio. A família Lobão já era dona de uma emissora de TV em Imperatriz, a maior cidade do interior do Maranhão. O Ministério Público Federal do Maranhão investiga a denúncia de que essa emissora teria sido arrendada ilegalmente por uma ONG do Rio de Janeiro. A família Lobão nega o arrendamento.
Edinho diz ser dono de uma construtora, uma fábrica de gesso e várias empresas em diversos setores, hoje inativas. Um de seus empreendimentos foi uma distribuidora da cerveja Schincariol no Maranhão. É uma empresa com capital social de R$ 3 milhões, registrada na Junta Comercial em nome de duas mulheres: Maria Vicentina Pires da Costa, de 79 anos, sócia majoritária, e Sílvia Maria Gomes Muniz, de 47. Mãe de duas funcionárias da distribuidora, Sílvia mora em uma casa humilde de um bairro pobre da periferia de São Luís, onde o esgoto corre a céu aberto. A ÉPOCA, Sílvia disse que nem sequer sabia ser sócia da distribuidora. Na versão de Edinho, ele saiu do negócio há quase dez anos. Ao desfazer a sociedade, diz ter assinado um contrato que, em vez de transferir suas cotas para os antigos sócios, repassou sua parte para duas mulheres. "Eu não as conhecia, mas meus ex-sócios disseram que elas eram de confiança. Só depois soube que uma delas era uma empregada doméstica", afirma Edinho.
Com a entrada na área de comunicação, Edinho passou a competir com as empresas da família Sarney. Mas, ao contrário do discreto concorrente Fernando Sarney, Edinho Lobão sempre gostou de exibir poder e dinheiro. Até pouco tempo atrás, ia de casa para o trabalho em seu helicóptero – um luxo para uma cidade pequena como São Luís. Mudou de transporte em março do ano passado, quando o aparelho em que voava se destroçou ao se chocar com um poste. Ele escapou ileso. "Era um helicóptero barato", diz Edinho. "Custava cerca de R$ 1 milhão."
Edinho é suplente do pai. Se Lobão for mesmo para o ministério, ele assumirá sua cadeira no Senado Federal. Pela lei, ele terá de se afastar da direção das emissoras de rádio e TV da família. Nas avaliações internas feitas pelo grupo político de Sarney, os negócios de Edinho sempre foram motivo para preocupação. Mas, como o pai Lobão está há 12 anos sem exercer cargos executivos, os aliados de Sarney acreditavam que a vida empresarial de Edinho não chegaria a ser um obstáculo no caminho para a retomada do Ministério de Minas e Energia. O Palácio do Planalto ainda está na expectativa de que essa previsão se confirme.

http://revistaepoca.globo.com/EditoraGlobo/Artigo/exibir.ssp?artigoId=81056&secaoId=6009&edicao=504

Anônimo disse...

REVISTA VEJA TAMBÉM DETONA EDINHO LOBÃO!

Brasil
Dança com lobos
A possível ida do senador Edison Lobão para
o ministério abre vaga para o filho, que transferiu
sua empresa a um laranja para esconder dívidas

Ricardo Brito
Fotos Célio Azevedo/Ag. Senado, O Imparcial

O senador Lobão e Lobão Filho, que confessou o uso de laranjas: "Se eu pudesse voltar atrás, não usaria laranjas"
Dizem que os lobos enxergam coisas que escapam ao olhar dos seres humanos. O senador Edison Lobão, do PMDB do Maranhão, já tingiu os cabelos e comprou ternos novos para sua posse no Ministério de Minas e Energia. Edison Lobão Filho, suplente do senador, também reforçou o guarda-roupa para assumir a cadeira do pai em Brasília. Lobão pai está na política há trinta anos, nunca se envolveu em escândalos e escolheu sempre estar alinhado com os governos, sejam quais forem. Lobão Filho é um estreante. É experiente e astuto como o pai, mas suas habilidades mais conhecidas, por enquanto, concentram-se no mundo dos negócios. Nesse campo ele, sem dúvida, enxerga longe. Em 1999, antes de se candidatar à suplência do pai, Lobão Filho foi advertido de que não era recomendável migrar para o mundo político com dívidas milionárias em bancos públicos e impostos atrasados. Dono de uma distribuidora de bebidas, ele resolveu o problema transferindo suas cotas na empresa para outra pessoa – mais precisamente, para uma empregada doméstica, que só descobriu que tinha se transformado em empresária endividada e sonegadora de impostos quando a polícia e a Receita Federal bateram à sua porta. Para fugir das dívidas e limpar o nome, o futuro senador lobinho usou a doméstica como laranja.
Há dois anos, Maria Lúcia Martins, a doméstica, tomou um susto quando foi intimada a prestar esclarecimentos sobre sua vida empresarial. Só a bancos, a empresa dela devia 5,5 milhões de reais. Ela se viu confrontada com extratos de suas contas que revelavam uma intensa e milionária movimentação bancária. Tudo em seu nome. Suas declarações de renda também confirmavam que, embora endividada, ela era uma empresária atuante. "Fiquei muito assustada, moço", disse a VEJA Maria Lúcia, uma cearense de 40 anos, que trabalha em São Luís, no Maranhão. "Só depois é que fui entender que o negócio não era comigo." Não era mesmo. Maria Lúcia ganha 380 reais por mês, não tem conta bancária e nunca declarou imposto de renda. As investigações feitas pela Receita mostraram que ela foi usada para ocultar uma série de transações irregulares feitas pelos verdadeiros donos da empresa, entre eles o futuro senador Edison Lobão Filho – que desde então é investigado por sonegação fiscal, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e estelionato.
Fotos Ana Araújo

A empregada doméstica Maria Lúcia Martins descobriu que era dona de uma empresa que devia 5,5 milhões de reais quando foi intimada pela Receita Federal
A Polícia Federal descobriu que as contas bancárias em nome da doméstica foram abertas e movimentadas por meio de procurações falsas. Maria Lúcia é analfabeta funcional e mal sabe desenhar o próprio nome. A trama começou a ser desvendada quando a Receita descobriu que um dos donos da Bemar, a distribuidora de bebidas que apareceu em nome da doméstica, era sua patroa, Maria Luiza de Almeida, cujo ex-marido, Marco Antonio Costa, é amigo de Lobão Filho. Nem a patroa nem a empregada sabiam da maracutaia. A transferência das cotas de Lobão Filho para Maria Lúcia foi feita às escondidas, usando as tais procurações forjadas. Exames grafotécnicos feitos pela PF, porém, já identificaram ao menos uma pessoa que assinou os documentos se passando pela empregada. O suspeito é Neuton Barjona Lobão, tio de Lobão Filho e irmão do futuro ministro Lobão. Das mãos do tio Lobão saíram, inclusive, as assinaturas falsificadas de cheques da doméstica.
Procurado por VEJA, o futuro senador admitiu tranqüilamente o ardil. Mostrou-se até arrependido por ter usado a doméstica para se esconder da Receita e da Polícia Federal. "Se eu pudesse voltar atrás, diria para não botar minha participação por meio de laranjas", diz. Lobão explica, porém, que a decisão de transferir as cotas da empresa não foi um ato de malandragem. Foi para continuar com pele de cordeiro. A Bemar pegou um empréstimo no Banco do Nordeste, segundo ele, para fazer caixa. Os negócios, porém, não foram bem e a dívida com o banco cresceu assustadoramente. Para se ver livre das cobranças e evitar futuros problemas políticos, ele decidiu, juntamente com um sócio, transferir as cotas da empresa para uma terceira pessoa. "Não posso ser responsabilizado por essa dívida porque nem usufruí o dinheiro", diz Lobão Filho, numa lógica moral torta, que pode ajudar a compreender seu sucesso como empresário. Rico, sua mais recente aquisição foi um helicóptero. "Comprei para ajudar na campanha da minha mãe", justifica. A mãe de Lobão Filho, Nice Lobão – esposa do futuro ministro Edison Lobão –, elegeu-se deputada federal. Eles enxergam longe.

Anônimo disse...

ESTADÃO MOSTRA COMO EDINHO PROSPEROU RÁPIDO DEMAIS...

Os prósperos negócios dos Lobões

Por Ricardo Brandt, no Estadão:
Os negócios da família do senador Edison Lobão (PMDB-MA), indicado para assumir o comando do Ministério de Minas e Energia, prosperaram nos últimos dez anos, depois de ter sido governador do Maranhão. Ele comandou o Estado entre 1991 e 1994, com o apoio de seu maior padrinho político, o também senador José Sarney (PMDB-AP). Seu filho Edison Lobão Filho, que assumirá sua cadeira como suplente pelo DEM do Maranhão, caso ele seja nomeado, é o melhor exemplo de como os negócios da família cresceram nesse período. Conhecido como Edinho, ele foi levado para o governo pelo pai em 1991, como seu secretário particular. Um político que na época integrava o mesmo grupo relatou que Lobão Filho era responsável por todas as decisões do governo e principalmente por contratações. Foi nesse período, segundo apurou o Estado, que filho do senador negociou a compra do Sistema Difusora de Rádios e TV - o segundo maior do Estado, perdendo apenas para o grupo Mirante, da família Sarney. A empresa, que hoje é retransmissora do SBT no Estado, foi adquirida do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA). O negócio teria custado US$ 1 milhão.

http://www.estado.com.br/editorias/2008/01/12/pol-1.93.11.20080112.2.1.xml

Anônimo disse...

PARA QUEM NÃO É ASSINANTE DE ÉPOCA MAS QUER LER A INTEGRA DA MATÉRIA CONTRA OS SARNEY E OS LOBÃO TÁI O LINK DO PORTAL AZ QUE REPRODUZ A MATÉRIA COM DIREITO A FOTOS E GRAFICOS. VALE A PENA, PODEM ACREDITAR!

http://www.portalaz.com.br/noticia/maranhao/94251

Anônimo disse...

EM PÂNICO E NA IMINÊNSIA DE SER PRESO PELA POLÍCIA FEDERAL, FERNANDO SARNEY CONSEGUE MANTER HABEAS CORPOS PREVENTIVO

Acusado

MPF tenta suspender o salvo-conduto a Fernando Sarney, mas o STJ o mantém

'CHEFÃO' DA MIRANTE ACUADO - Habeas corpus preventivo salva Fernando da prisão


Na iminência de ter sua prisão pedida pelo Ministério Público Federal (MPF), o empresário Fernando José Macieira Sarney – filho do senador José Sarney e todo-poderoso chefão do Sistema Mirante – conseguiu do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, um habeas corpus preventivo. A medida o livra, por enquanto de ser preso. Inconformado com a decisão, o MPF chegou a encaminhar ao STJ um pedido de reconsideração do deferimento, mas a solicitação foi negada no último dia 9 pelo ministro presidente do tribunal, Raphael de Barros Monteiro Filho. O habeas corpus Nº 97.622 - MA (2007/0308579-6), impetrado pelo advogado Eduardo Antônio Lucho Ferrão e outros, portanto, continua valendo.

O ministro Barros Monteiro justificou sua negativa ao pedido de anulação do habeas corpus afirmando que a reconsideração da decisão da Corte não se enquadra nas hipóteses previstas no art. 21, XIII, “c”, do Regulamento Interno do STJ (que demandam apreciação urgente pela presidência do órgão). Barros Monteiro argumentou ainda que “na condição de presidente do STJ não é órgão revisor das decisões proferidas pelos ministros integrantes da Corte”.

Fernando Sarney é investigado pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal por suspeita de financiamento ilegal da fracassada campanha de sua irmã Roseana Sarney Murad (PMDB-MA) ao governo do Maranhão em 2006. Paralelamente, a PF apura a ligação de Fernando com doleiros e remessas ilegais de dinheiro para o exterior. Há cerca de um ano, a polícia flagrou uma conversa do filho do senador José Sarney com um doleiro sob investigação e o monitora desde então. Grande movimentação de dinheiro vivo nas empresas do clã Sarney também chamaram a atenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda que investiga lavagem de dinheiro. Os dois inquéritos contra Fernando Sarney já perfazem treze volumes.

No que se refere à investigação sobre financiamento ilegal da campanha roseanista, a mais recente revelação coube ao empresário Eduardo de Carvalho Lago, que confessou ter doado R$ 23 mil a Roseana. Eduardo Lago afirmou que é amigo da família Sarney e que por isso fez as doações para a campanha de Roseana. Disse também que costuma fazer doações, inclusive para o PT: “Doei para a Roseana, doei para o PT, eu sempre doei. Eu sempre vivi bem de vida. Você chega no Maranhão e pergunta quem sou eu. Tenho 40 anos de indústria. Eu faço doação para quem quer que seja, de qualquer partido”, declarou. No mesmo ano das eleições – na verdade, a poucos dias do pleito –, Lago transferiu R$ 2 milhões a Fernando Sarney, que sacou o dinheiro em espécie.

Empresário bem-sucedido, Eduardo Lago já foi o distribuidor da Coca-Cola no Maranhão (Companhia Maranhense de Refrigerantes) que depois foi vendida para o grupo Renosa.

Casado com Rosa Murad (irmã do marido de Roseana Sarney, Jorge Murad, e do deputado estadual Ricardo Murad ), Eduardo de Carvalho Lago também tem laços de amizade e familiares com integrantes do governo maranhense. Ele é primo do governador Jackson Lago e de Aderson Lago (chefe da Casa Civil do governo).

Eduardo Carvalho Lago responde a processos por não-recolhimento de contribuição previdenciária ao INSS, negociação de títulos sem lastro, formação de quadrilha e estelionato. A PF confirma que há inquérito, mas que não pode dar esclarecimentos porque ele corre em segredo de Justiça. A explicação foi repetida pelo Ministério Público Federal no Maranhão e pelo Coaf.

Eduardo não fez doações às campanhas dos primos nem a outros candidatos em 2002 e 2006.

Saques vultosos às vésperas do 2º turno de 2006

Fernando Sarney sacou R$ 3,5 milhões de empresas da família Sarney (Gráfica Escolar, São Luís Factoring e TV Mirante). Um total de 2 milhões foi retirado nos dias 25 e 26 de outubro de 2006 (R$ 1 milhão em cada dia). O segundo turno da eleição – que Roseana Sarney, irmã de Fernando, disputou com Jackson Lago, e perdeu – foi no dia 29 de outubro.

O inquérito aberto pela PF está sendo conduzido pela sede do órgão em Brasília. O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) gerou um relatório sobre as transações.

Fernando Sarney nega qualquer irregularidade ou que as transações tenham conexão com campanha política e diz que tantos os saques feitos por ele quanto os do Sistema Mirante foram devidamente registrados e lançados no seu Imposto de Renda ou na contabilidade da empresa.

Gráfica Escolar – A PF investiga três grupos de transações. Em 24 de outubro, o empresário Eduardo Carvalho Lago fez uma transferência de R$ 2 milhões para a Gráfica Escolar, da qual Fernando é sócio. No mesmo dia, a gráfica fez um depósito no mesmo valor para Eduardo. No dia seguinte Eduardo fez nova transferência de R$ 2 milhões, desta vez para a conta pessoal de Fernando, que sacou todo o dinheiro naquele dia e no dia seguinte.

Paralelamente a essas operações, entre o final de setembro e o final de outubro foram feitos saques superiores a R$ 1 milhão, em dinheiro vivo, da conta da TV Mirante por Tereza Cristina Ferreira Lopes e Carlos Henrique – ambos funcionários do Sistema Mirante.

O último saque da conta da empresa coincidiu com uma retirada de R$ 100 mil da conta da São Luís Factoring e Fomento Mercantil, que pertence a Teresa Murad, mulher de Fernando Sarney. O saque também foi feito por Tereza Cristina Ferreira Lopes.

Não é a primeira vez que a família Sarney é envolvida em movimentação de dinheiro vivo. Em 2002, a PF encontrou R$ 1,34 milhão na Lunus, empresa de Roseana Sarney, irmã de Fernando e então pré-candidata à Presidência da República, e Jorge Murad (irmão de Teresa Murad).


http://www.portalaz.com.br/noticia/maranhao/94254

Anônimo disse...

BLOG DO JORNALISTA SEVERINO NETO, NO PORTAL AZ ENCHE A BOLA DO EX GOVERNADOR JOE REINALDO TAVARES

José Reinaldo - o grande artífice da libertação do Maranhão
Tamanho da fonte: Ainda bem que muitos reconhecem na figura do ex-governador José Reinaldo Tavares (foto: ao lado de magistrados maranhenses), o homem que comandou uma verdadeira revolução silenciosa, que acabou resultando na libertação de um Estado que há mais de quarenta anos, vivia sob o domínio de algumas famílias, que controlavam esse Estado - como se fosse uma grande fazenda, onde só uns poucos tinham o direito de usufruírem das suas riquezas. Enquanto que a grande e expressiva maioria da população maranhense, vivia das migalhas que sobravam dos banquetes.

O rompimento das relações políticas e de amizade, entre José Reinaldo Tavares e o grupo liderado pelo senador pelo Estado do Amapá José Sarney, foi o fator determinante para que a partir do episódio que resultou nessa briga que acabou como uma amizade de mais de quatro décadas começasse a se desenhar um novo mapa geopolítico do Maranhão.

Não obstante a perseverança do atual governador Jackson Lago em fazer oposição a esse establishment, sistema político que detinha no Estado, o poder da mídia (jornal, rádio e televisão) e dominava os corações e mentes; mesmo assim, só a sua liderança e a força do seu partido seria insuficiente para mudar a história do Maranhão. O que só foi possível, graças ao apoio forte e determinado do governador José Reinaldo, que fez mea culpa e se redimiu junto aos seus conterrâneos e, a partir daí, montou uma verdadeira obra de engenharia política que acabou por eleger um governador comprometido com a reconstrução do Estado do Maranhão -, que só será concluida, com o rompimento definitivo com as forças do atraso e a decretação do fim de uma oligarquia política.

Muitos insistem em lembrar o passado sarneysista do ex-governador José Reinaldo. Esses são os ressentidos, que por algum motivo de interesse particular, tentam desqualificar a contribuição desse político que conhecendo a força e o poder do grupo adversário, mesmo assim, não se intimidou e aceitou o desafio de lutar pela reconstrução do Maranhão que deve vir a ser melhor, mais justo, mais fraterno; e consequentemente, em função dessa sua histórica decisão, entrará para a história do seu Estado, como sendo o principal responsável por um novo tempo para esse Estado -, onde o seu povo irá viver melhor e com dignidade. Ele decretou o fim da dignidade ultrajada de todos os maranhenses.

O Estado do Maranhão, hoje respira um novo ar e experimenta uma sensação de liberdade que o leva a acreditar num futuro sem tutela, sem cabresto e sem dominação. UM MARANHÃO DE TODOS, PARA TODOS.

http://www.portalaz.com.br/blogs/severino_neto

Anônimo disse...

ISSO VAI FEDER...

CUIDADO EDINHO LOBÃO ... AINDA VÃO TE BOTAR NA FOGUEIRA POR CAUSA DE FEFE SARNEY ???

Anônimo disse...

Seu Joca está sempre presenteando os leitores e simpatizantes deste blog com a reprodução de notícias veiculadas Brasil afora pela chamada grande imprensa. È realmente alentador sabermos que temos no nosso meio colaboradores da estatura moral deste senhor que demonstra com atos e palavras a sua altivez de caráter, o seu descontentamento com essa oligarquia podre que dominou este estado durante quarenta anos e a grande certeza que tem consigo de que é um dos tantos bravos companheiros que com destemor e altivez está ajudando a consolidar a libertação do nosso estado.
Diante de tudo o que está acontecendo e sendo noticiado pela imprensa de norte a sul do país, somos assaltados por um misto de alegria e de tristeza. Alegria por vermos aflorar a verdade que Sarney e seu séquito fizeram de tudo para manter envolta no manto negro das histórias não contadas; tristeza. Tristeza, sim! pois por conta das trapaças, das manobras oligarcas de Sarney para se manter no poder e dele tirar proveito até o seu último dia de vida o Maranhão se torna alvo de gozação até mesmo no vizinho estado do Piauí. Sarney, Lobão, Roseana, Fernando Sarney, Edinho Lobão, Cafeteira... todos eles na crista dos mais escabrosos escândalos e arrastando para o lodaçal o nome do nosso querido estado de tantas e gloriosas tradições.
Parabéns, Seu Joca!
Parabéns, Ricardo!
Esta deve ser a nossa luta pelo bem do nosso estado e de sua gente.

Anônimo disse...

Caro José, humildemente agradeço suas palavras e agradeço os seus elogios a minha pessoa. Porém repasso o mérito a quem o tem de fato e de direito, na minha humilde opinião, em primeiro lugar a midia nacional que "acordou" para o que e quem são na verdadde a família Sarney e seus aliados e em segundo lugar ao RICARDO dono deste espaço democratico que nos permite trazer mesmo que de forma pequena, se comparada ao poderio da midia do outro lado da ponte, o que a grande imprensa pensa e fala desta gente, sem temer as baboseiras quem uns e outros fanáticos do lado de lá vez por outra usam para tentar intimidá-lo. Sem este espaço, certamente nenhum de nós teria voz ou melhor dizendo teclado, para fazer o que fazemos. Aliás José você também está sempre por aqui comentando e trazendo suas idéias, por isso o mérito também é seu e todos que se utilizam deste espaço do Ricardo, para combater o mal que ainda assola o povo do Maranhão que são os Sarney.