quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Combustível das ambulâncias do Samu pode ter sido desviado para campanha de Castelo





Delegado Gustavo de Souza explica operação da PF (Foto: Diego Chaves/O Estado)
O delegado executivo e superintendente em exercício da Polícia Federal, Gustavo Leite de Souza, revelou, nesta quarta-feia (2), em coletiva de imprensa sobre a Operação Acauã – que desbaratou um esquema de desvio de verbas do Samu de São Luís -, que o combustível que deveria abastecer as ambulâncias do serviço pode ter sido desviado para a campanha do ex-prefeito João Castelo (PSDB) e de vereadores aliados.
A PF descobriu, no bojo da operação, que o valor gasto com combustíveis quintuplicou no mês decisivo da campanha. Até setembro, eram gastos cerca de R$ 20 mil por mês. Em outubro, exatamente o mês das eleições, esse valor subiu para R$ 100 mil.
O aumento chamou a atenção dos federais. “Apesar de estar ainda no início, podemos adiantar que há fortes indícios de que a verba do combustível possa ter sido usada no ano passado, em campanhas de candidatos a prefeitos e vereadores”, revelou o delegado.
Além disso, a PF descobriu que a empresa contratada pelo Samu para prestar serviço de manutenção em ar-condicionados e aparelhos hospitalares, a Rimax, era (vejam só!) do então superintendente de Administração e Finanças do próprio Samu, Jacques Aranha.
“O resultado das diligências aponta inicialmente que a empresa não possuía vínculo com o Samu, administrado pelo Município de São Luís, sendo apenas uma terceirizada dos serviços de manutenção. Não obstante, foram encontradas no local notas de pagamento de combustível e de manutenção de ambulâncias, planilhas de controle de consumo de combustível, cartões de abastecimento, bem como vários processos administrativos relacionados a licitações de diversos serviços realizados pela Secretária Municipal de Saúde”, diz nota oficial da PF.
Ainda vai aparecer muita coisa.

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