terça-feira, 10 de novembro de 2009

Honoráveis deputados sarneístas

O lançamento do livro Honorável Bandidos sacudiu a base sarneysistas na Assembléia Legislativa do Maranhão. Ainda bem, que a maioria dos deputados não estão satisfeitos com a governadora biônica, e a atuação cruel de seu secretário “deputado tratorzão”.

O fiel deputado Nagib Haickel(Sarneisista assumido) tomou as dores, e fez criticas severas ao livro dando a entender que se tratava de coisa fictícia. Ou seja, nada de tudo que todos nós estamos carecas de saber, e que está sendo narrado no livro é real. Me compre um bode deputado Haickel.

O Nagib também deixou no ar, se a dúvida de seu excesso de zelo era pela biografia do Sarney, se era pelo modelo jornalístico exercido no Estado, praticado por jornalista equivocados que não se assumem, ou por mera preocupação ambiental com o papel e a tinta gastos na confecção do livro.

O certo é que discurso do deputado se arrastou, até aqueles que não estão acostumados aparecer, ou aparecem apenas em tempos de eleição, e no palanque errado, como fez a deputada Helena Heluy, que em seu discurso deixou escapar que não estava arrependida de ter subido no palanque de Lula em Timon. Ora deputada Heluy palanque de Lula no Maranhão? Mas, vamos ao fato(ou melhor a foto)

Deputada Helena, e demais sarneístas incubados, todos sabemos que o número do Lula é 13(PT) e não 25 (PFL). Que número aparece na imagem do comício em Timon?

Não tenho problema algum com quem é assumido, mas se o motivo da discussão foi sobre a falta de autencidade do autor, aí vai um pouco da trajetória do Palméro Dória, que sempre combateu o Sarney, diferente de alguns jornalistas sarneístas incubados, que tentam limpar a barra de um político que todos sabem está mais sujo que pau de galinheiro…


Entrevista com Palmeiro Dória:

O Sarney é um cara antigo na minha vida. Tudo começou quando eu era diretor do jornal. “O Nacional”, no Rio de Janeiro, um semanário criado em 1986, de oposição a Sarney. O prato principal deste veículo era denunciar a política da Nova República. Eu era diretor de redação desta derradeira aventura de Tarso de Castro, o inventor do “Pasquim”, conhecido por formar sempre uma equipe de peso.

Na lista dos colaboradores vale relembrar de alguns nomes como Cláudio Abramo, Rubem de Azevedo Lima, Paulo Caruso, Fortuna, Moacir Werneck de Castro, Eric Nepomuceno, Luis Carlos Cabral, Alex Solnik e o próprio Myltainho, que chefiava a sucursal paulista. Outro momento em que fiquei de frente novamente com o Sarney foi em 2000, quando começaram a especular a possível candidatura de Roseana Sarney para a presidência da República.

No final de 2001 eu fui para São Luís do Maranhão cercar a vida dele e de toda a família. Depois publiquei no começo de 2002 uma matéria na revista “Caros Amigos”, “O nome dela é Roseana, mas pode chamar de Sarney”. Neste texto ela foi apresentada como a “número 1 do miserê”.

Neste texto eu dizia onde o Maranhão era governado: na sede da Lunus do Jorge Murad.
Uma semana depois de a revista ir para as bancas, por coincidência ou não, a Polícia Federal veio a estourar o local e encontraram neste endereço mais de um milhão de reais num cofre. Foi aí que a candidatura dela desabou.

Na seqüência, eu publiquei o livro: “A candidata que virou picolé”, pela editora Casa Amarela. E um ano antes de o Sarney virar pela terceira vez presidente do Senado eu já estava na cola dele em razão da investigação da polícia federal sobre o filho dele, o Fernando, com a já famosa operação Boi Barrica. Veja clicando aqui:

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