domingo, 30 de dezembro de 2012

Reintegrar o Maranhao ao Brasil




Por José Reinaldo Tavares
O historiador Marco Antônio Villa publicou um artigo devastador na semana passada. Falava do Maranhão, da tristeza que é o Maranhão atual, na visão de pessoas de fora, de outros estados.
Falou da assustadora pobreza de grande parte da população, do fato comprovado de ocupar o ultimo lugar do país em quase todos os indicadores sociais como IDH, analfabetismo, escolaridade média, de ser último do exame nacional do ENEM, dos índices assustadores de violência- que pelo jeito vai acabar sendo a mais violenta capital do país e da renda per capita mais baixa do Brasil.
Mas também falou daquilo que ele classificou como um estado a parte do Brasil. Que cada vez mais é um estado que não cumpre as leis federais, em que os poderosos podem tudo, a qualquer momento e a qualquer hora.
Do caso único de influencia, muito forte em todos os poderes, tanto no judiciário como no legislativo e no executivo, este obtido a custa de um golpe de estado judicial. Fala na existência de uma Lei, só para o Maranhão, de Licitações. Corrompendo o princípio que criou a Lei Federal 8666 nascida com o objetivo de evitar a corrupção. Esta, foi substituída por uma lei estadual, como se isso fosse possível, por Roseana Sarney, em um disparate tão grande que chega a substituir o fundamento da dispensa de licitação por emergência, por uma suspeita e subjetiva “urgência” que eles próprios, ao seu bel prazer classificam a gosto. Um escândalo.
Tão escandaloso que o BNDES se recusou a aceitar uma licitação de hospitais baseados nessa aberração conforme informou a própria Secretaria da Saúde ao justificar a anulação da malfadada licitação.
Villa fala também na mudança na Constituição do Estado para permitir que nomes de pessoas vivas possam ser colocados em bens públicos. E ai a enxurrada de nomes da poderosa família em quase tudo o que inauguram. Aqui a população aceita calada com medo de represálias, mas lá fora, no restante do país, é uma das coisas mais deprimentes e repudiadas que só mancha a imagem do estado e que só serve para gozações. E para confirmar que aqui as leis não existem para os poderosos.
Villa ao final conclama que é preciso reintegrar o Maranhão ao Brasil e é disso que se trata neste artigo, publicado no primeiro dia do ano novo de 2013.
Este ano que será a base da tardia e definitiva mudança que virá para trazer novos tempos ao Maranhão, reintegrando-o finalmente ao Brasil. De um Maranhão democrático e igualitário, com educação de qualidade que permitirá a igualdade de oportunidades para todos. Sem medos em que todos possam finalmente participar sem receio de dizer algo que possa ofender os poderosos.
E que se possa finalmente continuar o caminho aberto com a vitória em 2006 interrompida pela uma mais que esquisita e contestada decisão da justiça eleitoral.
O Maranhão todo, da população dos pequenos aos grandes municípios almeja por isso. Existe hoje um desejo que permeia todas as categoriais sociais: a mudança. O novo.
Para conseguirmos isso só depende de nós mesmos e para isso é fundamental abandonarmos todos os interesses pessoais, adiando-os para os anos vindouros, depois que vier a normalidade democrática. Temos que nos unir em torno de um só candidato, afastando qualquer terceira via ou outro caminho alternativo, pois isso só vai favorecer o grupo no poder.
Vamos nos esquecer de tudo o que aconteceu em campanhas eleitorais, e em outras refregas. Vamos expurgar aqueles que só estão entre nós a serviço do grupo dominante, vamos preparar e debater, em todos os locais, os programas de governo que vão fundamentar e consolidar essa inadiável mudança. Tão necessária.
Unidos venceremos como em 2006. Desunidos eles se fortificam.
Vamos trabalhar com afinco para que o Maranhão, finalmente se reintegre ao Brasil.
Feliz Ano Novo e que venha um Maranhão melhor para todos.

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