“O Maranhão não pode votar com Dilma. Só pode votar com Dilma quem está feliz e apoiando o Maranhão contemporâneo. Quem quiser mudança nesse estado tem que votar com Serra, senão querem proteger empregos, sinecuras ou vagas em ministério”, declarou Jackson Lago em entrevista coletiva à imprensa local nesta terça-feira, 5, pela manhã, no comitê de campanha para governador.
Acompanhado do ex-candidato ao Senado, Edison Vidigal, e da mulher Clay Lago, além de vários companheiros de partido, Jackson Lago fez uma avaliação sobre o resultado das eleições no estado. No entendimento do ex-candidato ao governo o sentimento de mudança foi expresso através do voto, metade dos válidos optando pela oposição.
Com a eleição do presidenciável tucano, Jackson Lago vislumbra mudanças no controle da estrutura federal no estado, hoje entregue ao grupo Sarney. “Esse grupo controla toda a estrutura federal no estado. Vamos votar nacionalmente pela mudança”, disse o pedetista.
Segundo ele, o Judiciário lhe impôs o terceiro golpe protelando o julgamento de um recurso que transmitiu insegurança jurídica à sua candidatura. O primeiro teria sido em 2002, quando o judiciário suspendeu a realização do segundo turno no Maranhão. Em 2009 foi a vez de cassar-lhe o mandato conquistado com mais de 1,3 milhões de votos.
“É vergonhoso olharmos o desrespeito com que são tratadas as pessoas por parte do poder judiciário. Eles não se incomodam com que milhões de brasileiros fiquem na dependência de suas decisões”, criticou o pedetista. Jackson Lago comparou o tempo que a Justiça eleitoral demorou para julgar o recurso que freou sua candidatura com o dedicado ao processo da adversária Roseana Sarney (PMDB).
O vice-presidente nacional do PDT sugeriu mudanças no judiciário para melhorar a cena política e a sociedade brasileira. ”Tudo isso são formas de manutenção das elites no poder”, disse, apontando o financiamento público das campanhas eleitoras como saída para melhorar a democracia.
Ao encerrar a entrevista Jackson Lago informou que voltará à sede do PDT para dar curso à sua história de luta. Sobre o apoio ausente dos prefeitos filiados ao PDT, Jackson Lago avisou que vai estudar formas de aplicar a lei da fidelidade partidária para depurar o quadro.
Avaliação de Vidigal
“Não há derrota quando da luta se sai com dignidade de lutar”, ponderou o ex-ministro do STJ e ex-candidato ao Senado, Edison Vidigal. Para ele, a legitimidade foi afrontada através de uma boataria insistente de que Jackson Lago não seria candidato.
“Nós não tombamos. Vamos nos manter de pé”, assegurou Vidigal, ressaltando que a resistência virá através da oposição decente e vigilante. “O estado se dividiu ao meio, isso é evidente no resultado das eleições”, avaliou o ex-ministro.
Um comentário:
Votar em Dilma é votar em bandidos como Sarney, Barbalho, Calheiros, Collor, Dirceu...
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