quinta-feira, 19 de março de 2009

O pipoco do Senado

BRASÍLIA - A esta altura José Sarney deve estar bem arrependido de ter voltado a presidir o Senado. Desde sua posse, os escândalos estouram mais do que pipoca em micro-ondas e nem ele e a também senadora Roseana escapam.

É a pendenga PT-PMDB. Ainda bem! Depois do castelo horroroso que assombrou a Câmara (e o país), o foco se desviou para o Senado. Casarão não declarado do diretor-geral, horas "extras" sem horas "ordinárias" em pleno janeiro, mês de recesso, o "nepotismo terceirizado" para empregar a parentada sem concurso, apartamento funcional de graça para filhos de diretores.
E mais: seguranças do Senado protegendo propriedades de Sarney no Maranhão, o que já seria esquisito, mas fica pior porque o domicílio eleitoral dele é outro: o Amapá. E passagens da cota parlamentar desviadas para amigos de Roseana passarem fins de semana em Brasília. O que, aliás, parece ser prática corriqueira na Casa.

A lista continua, e a última a pipocar foi do ex-adversário de Sarney na disputa pela presidência, o senador Tião Viana, que emprestou o celular do Senado para a filha usar em viagem ao México. Uma economia e tanto para a família.
E quem paga a conta é... você. É pipoca demais para pouco filme, e Sarney anunciou uma pausa para os comerciais: mandou afastar todos os 181 diretores do Senado, para uma espécie de reforma administrativa interna.

Epa, peraí! 181 diretores?!

Para 81 senadores?!Antes de qualquer reforma, o Senado precisa responder ao contribuinte pelo menos três perguntinhas básicas:


1) o que cada um dos 181 faz e qual a importância do seu cargo?

2) quantos são concursados e estão tecnicamente habilitados para a função?

3) o "QI" -quem indicou- um por um.

O Senado está mais ou menos como a Faixa de Gaza sob bombardeio, uns sofrendo na pele, outros sofrendo na alma. Mas a guerra mal começou. E a Câmara que se cuide!
Escrito por Eliane Cantanhede

4 comentários:

Anônimo disse...

parece que sarney já teria confidenciado a aliados mais chegados que já pensou em renunciar à presidência da casa.

Anônimo disse...

O escritor "Imoral" Sarney, que todos nós conhecemos, não renuncia. Ele é apegado demais a cargos que detenham algum tipo de poder. Isso tudo que está acontecendo, é só briga de quadrilhas, e quem tem que se proteger é o povo. Haja canalhice!

Anônimo disse...

Eita que inveja dói. Sarney tem o poder de despertar a inveja dos outros. Por isso é o maior político do Brasil, e os cachorros podem latir e babar.

Ricardo Santos disse...

Então tá, todo mundo ta com inveja do Sarney. Ele, pooode abusar da corrupção etão, praticar abusos e cassar o governador?