
(Eduardo Militão e Lúcio Lambranho)
A Sphaera Turismo e Representação Ltda, agência que detém contrato para emissão de passagens do Senado, recebeu R$ 6,23 milhões da Casa até a metade de março deste ano, segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi).
Por meio da empresa, amigos e familiares da senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) viajaram de avião com a cota de passagens da parlamentar, conforme revelou o Congresso em Foco segunda-feira (16). A Sphaera pertence a Leonardo da Silva Lisboa e tem outros clientes no setor público. Este ano, a agência de turismo recebeu R$ 42 mil do Superior Tribunal Militar (STM), da Polícia Civil do Distrito Federal e do Centro Gestor de Operações do Sistema de Proteção da Amazônia.
A Sphaera ainda tem valores a receber. No orçamento de 2009, acumula R$ 14,62 milhões em empenhos, praticamente tudo a ser acertado pelo Senado. Os empenhos são promessas de pagamento, valores já reservados no orçamento para quitação posterior. A diferença entre o que o pago e o empenhado (R$ 8,25 milhões) deve ser acertada no decorrer do ano.
Apesar de ter recebido R$ 19,97 milhões do Senado pelo orçamento de 2008, a Sphaera tem a seu favor R$ 26,35 milhões em empenhos. A diferença (R$ 6,37 milhões) também deverá ser paga mais à frente.
Apesar de ter recebido R$ 19,97 milhões do Senado pelo orçamento de 2008, a Sphaera tem a seu favor R$ 26,35 milhões em empenhos. A diferença (R$ 6,37 milhões) também deverá ser paga mais à frente.
Por meio de um pregão em 2005, a agência de turismo obteve um contrato com o Senado de R$ 22,2 milhões por ano.
Ontem, a reportagem do Congresso em Foco procurou saber por que a agência de turismo desmentiu a si mesma. Primeiro, disse que as passagens aéreas dos amigos e parentes de Roseana foram emitidas com sua cota parlamentar. Depois, negou.
Ontem, a reportagem do Congresso em Foco procurou saber por que a agência de turismo desmentiu a si mesma. Primeiro, disse que as passagens aéreas dos amigos e parentes de Roseana foram emitidas com sua cota parlamentar. Depois, negou.
Entretanto, ninguém quis receber a reportagem do site na sede da empresa, no Setor Complementar de Indústria e Abastecimento, em Brasília. Os funcionários de Leonardo da Silva Lisboa informaram que ele não estava na empresa e que não poderiam informar seu celular. Não houve retorno aos recados deixados na sede e na filial da agência que funciona no Senado.
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