segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

A volta do poderoso chefão


Carlos Brickmann

Ele jamais quis algo além de ser dono e senhor de seu Estado, o Maranhão, de escrever seus romances e de ocupar vitaliciamente um mandato parlamentar.

Chegou mais longe, muito longe: foi vice-presidente da República, presidente da República, presidente do Senado, membro da Academia Brasileira de Letras, ganhou até uma parcela de outro Estado, o Amapá.

Seu filho foi ministro, sua filha senadora, seu outro filho controla o império de comunicações da família.Um homem realizado, pois. Por tudo isso, poderia, aos quase 79 anos, ser poupado da triste missão de trazer de volta ao primeiro time da política seu amigo Renan Calheiros, lembre! É aquele do Collor, aquele da Mônica Velloso.

A eleição para a presidência da Câmara define aquele que, nas ausências do presidente Lula, e devido aos problemas de saúde corajosamente enfrentados pelo vice-presidente José Alencar, ocupará a chefia do Executivo.

A eleição para a presidência do Senado, esta a que Sarney concorre, tem importância bem menor: define o poder de cada grupo na disputa de cargos do Governo, na ocupação das tetas públicas. Define se Renan Calheiros, já eleito líder da maior bancada do Senado, a do PMDB, retoma toda a sua influência na administração federal. Define se a palavra empenhada tem alguma importância, já que Sarney, antes de aceitar a candidatura, negou cinco vezes que pretendesse aceitá-la.

Está certo, ninguém acredita muito em palavra de político, mas não precisava exagerar.Tudo isso para manter o império e o poder nas mãos da família e dos amigos!

Publicado ou Escrito por Chico Bruno
Saiba mais clicando aqui:

Um comentário:

Anônimo disse...

Grande Ricardo Santos, prazer contactar com vc novamente, quero te pedir um favor, me coloquei como um dos seguidores do seu blog e queria saber de daria para vc fazer o mesmo, ok? Conto com você!
Grande abraço!!!!!!!