Uma imagem duas realidades

Quem passa pela Ponte Bandeira Tribuzi, no sentido São Luis shoping, pode observar uma construção que está avançando no meio das palafitas.

Um antigo quadro de vergonha, parece estar mudando, e um cenário novo ganhando espaços em Sao Luis.

Nossa cidade agora, terá um aspecto novo, civilizado, mais limpa, e mais humana, este será um verdadeiro atrativo para quem aqui chegar, e ver a qualidade que vive o povo maranhense.

A população do Rio Anil, poderia passar mais uma temporada no esquecimento, mas, graças ha uma mudança de governo, um olhar social que acendeu, poderá ter fim, uma triste realidade que se arrastou durante muitos anos: as palafitas do Rio Anil, que ficam na Camboa, atrás da TV Difusora.

Além do governo estadual, o presidente Lula em seu segundo mandato, procurou amenizar o sofrimento da população que vive a baixo da linha de pobreza. Programas como o Palafita Zero, são de extrema urgência, já estava na hora da demagogia dar lugar à outra realidade, casas dignas para o povo viver.

Uma imagem, e duas realidades:

Bem no quintal da TV Difusora, que pertence ao senador Lobão (grupo Sarney), ministro de Minas e Energia, e que já foi governador do Estado, dali, ele pode observar da janela dos fundos, a construção de um sonho. Ele próprio nada fez para mudar, o vergonhoso quadro de indigência que o cerca. Vale acrescentar, que a TV Difusora, recentemente foi reformada, ampliada, e as suas antenas ganharam mais potência.

Um pouco da história:

Joberval Bertoldo: ex-vereador, que luta desde 1990, quando era coordenador do MINC, movimento de integração comunitário dos bairros Floresta, liberdade, e Fé em Deus, com o apoio da paróquia do Divino Espírito Santo, que abrange vários bairros de São Luis. Joberval, conta que nos idos de 1990, brigava com o governo estadual, que nunca fez nada pelos palafitados. O governo estadual, nunca demonstrou interesse em querer amenizar o sofrimento da população, antes apostavam na miséria.

No governo do presidente Figueiredo, o ministro Mario Andreazza, deu início ao Pró-morar, era a construção de casas para a população de baixa renda que vivia em palafitas. Foi um sucesso em algumas capitais como Rio de Janeiro, Salvador e Alagoas. Aqui no Maranhão, a obra começou com um grande aterro, mais parou e ficou esquecido. O aterro facilitou ainda mais a ocupação de indigentes, que por não terem onde morar passaram a ocupar a área do aterro, construindo mais palafitas.

João Batista Figueiredo foi o último presidente militar, depois dele, Sarney emplacou na presidência do Brasil. O governador do Maranhão era Epitácio Cafeteira, que revitalizou o centro histórico de São Luis, o "Projeto Reviver", restaurou de quebra um antigo convento, que é hoje posse do ex-presidente Sarney, guardando ali, quinquilharias para sua "memória".Ainda no governo Cafeteira, a sua “obra prima”, foi um aterro que não trouxe beneficio algum para a população, apenas "aterrou” somas de dinheiro, e os palafitados continuavam esquecidos.

Em 1990, o governador Edson Lobão, construiu a Avenida Litorânea (sem rede de esgotos), Lobão, renunciou bem no final do seu mandato, assumindo João Alberto, braço direito do senador Sarney, sua obra maior foi diminuir o índice da pistolagem em Imperatriz, ficou conhecido como o governador que era 90% honesto.

Logo após, o ciclo sarneysista viria, na sua pior forma: Roseana Sarney, que ficou oito anos sem quebrar o ciclo da indigência, em seu governo, priorizou a construção de pontes, e a Lagoa da Jansen, uma espécie de cartão postal da cidade. Mas como pensar em cartão postal, se parte da população vive na pior miséria, em palafitas?

Roseana tentou voltar ao governo do Maranhão, mais perdeu para Zé Reinaldo, que deixou o seio Sarneysista e formou uma frente política anti- Sarney. Jackson Lago foi o nome que a frente apoiou.

Jackson ganhou, e priorizou a construção dessa obra que irá trazer uma nova imagem à população maranhense; retirando as palafitas, um novo cartão postal irá surgir, aí, sim: além da Avenida Litorânea, Lagoa da Jansen, e do centro histórico, o povo terá casas para morar com dignidade.