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Lembram do Caso do Convento? Num dia ele deu uma entrevista dizendo que não havia lá um local para o seu mausoléu. No dia seguinte, deu outra entrevista admitindo a existência do local do mausoléu, dizendo também que, após seu enterro por lá, este mesmo local seria um ponto de peregrinação. Pois é, mas na última sexta feira, ele – o popular Zé Mentira - armou seu circo na Academia e, só para variar, mentiu.
Solto igual um pinto no lixo, ele, na ânsia de agradar os seus confrades maranhenses, disse que, em 1897, por ocasião da fundação da Academia Brasileira de Letras, "entre seus 40 ocupantes, cinco eram do Maranhão: Graça Aranha, Coelho Neto, Aluísio de Azevedo, Artur Azevedo e Raimundo Correa. Entre os patronos, outros cinco eram do Maranhão: Gonçalves Dias, Sotero dos Reis, Joaquim Serra, João Lisboa e Odorico Mendes. Assim, das 40 cadeiras, entre patronos e ocupantes, 10 eram do Maranhão, 25 %!" Êta Zé Mentira! Será que tu achavas que ninguém ia perceber? Que 25% é esse homem? Tu sabes que isso não é verdade!
Na fundação da Academia Brasileira, havia os primeiros 40 ocupantes das cadeiras e os outros 40 patronos (escritores mortos que serviram como referência para instituição). O Maranhão, segundo a assessoria do próprio Zé Mentira, tinha cinco ocupantes e mais cinco patronos. Logo, de um total de 80 (40 fundadores e mais 40 patronos) o Maranhão tinha 12,5% e não 25% como apregoou o tresloucado coronel mitômano. Mas esse o velho Sarna que todo o Maranhão conhece!
O discurso que ele pretendia como histórico, serviu foi para ampliar o longo rosário de suas estórias mentirosas. É o mesmo Sarna que passou a vida toda dizendo que as obras federais feitas no Maranhão era coisa sua. O mesmo que sendo um homem da ditadura, depois quis, cinicamente, passar por "poeta da liberdade".
O mesmo que viveu ludibriando, falseando, enganando. Nas mínimas coisas. Vejam que num simples discurso comemorativo ele mente. Um discurso lido, revisado, onde ninguém pode aceitar a tese de um engano. Será que isso é doença? Mania? Ou um prazer mórbido de enganar a boa fé das pessoas? Não sei.
O que todo mundo sabe é que Sarney tem pernas curtas, ou melhor, desculpem, as suas mentiras é que estão ficando, com a idade, com as pernas cada vez mais atrofiadas. Eu fico pensando. Quem sabe, no futuro, os dicionários vão definir mentira, como sendo o mesmo que Sarney.
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