quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Assinatura falsa complica ainda mais a vida de Edinho Lobão

Documentos da Junta Comercial do Maranhão apontam que o suplente de senador Edison Lobão Filho (DEM-MA) tem uma sócia na Transamérica Transportes com assinatura falsificada no contrato de criação da empresa. O Ministério Público investiga se ele utilizou laranjas em seus negócios.


Segundo laudo da Polícia Federal, Ana Maria dos Santos teve a assinatura falsificada na Bemar Distribuidora de Bebidas, da qual Lobão Filho também foi sócio. A assinatura falsa no contrato da Bemar é a mesma no contrato da Transamérica.

A sociedade de Lobão Filho na transportadora enfraquece seu argumento de que o uso de laranjas na Bemar era responsabilidade de seu "verdadeiro sócio" na distribuidora de bebidas, Marco Antonio Costa.

Costa não é sócio da Transamérica, empresa da qual Lobão Filho é majoritário. Ana Maria ingressou na sociedade em 1996, junto com Maria Luiza de Almeida, mulher de Costa. Veja mais clicando aqui:

6 comentários:

Anônimo disse...

EX-SÓCIA DIZ QUE EMPRESA DE EDINHO ERA DE FACHADA E COMPLICA AINDA MAIS A VIDA DO SUPLENTE DE SENADOR.


Deu em o globo e na folha de s.paulo
Empresa de Lobão Filho era de fachada, diz ex-sócia

Segundo empresária, Bemar foi criada para regularizar situação fiscal da Itumar; novo inquérito foi aberto pelo Ministério Público

De Hudson Corrêa e Leonardo Souza:

O suplente de senador Edison Lobão Filho (DEM-MA) criou a Bemar Distribuidora de Bebidas como empresa de fachada da Itumar Distribuidora de Bebidas, afirma a empresária Maria Luiza Thiago de Almeida, 55, em depoimento à Polícia Civil em 2006.

Maria Luiza foi sócia de Lobão Filho na Bemar de 1996 (data da criação da empresa) a 1998, quando ele deixou a sociedade. A criação da Bemar "foi sugerida", segundo Maria Luiza, pelo seu ex-marido, Marco Antônio Costa, 56, que administra a Itumar. Lobão Filho disse nesta semana que Costa era "seu verdadeiro sócio" na Bemar. Após se separar de Costa, em 2002, Maria Luiza o acionou na Justiça para obter parte dos bens que atribui pertencer ao ex-marido. Assinante da Folha leia mais aqui

Em e-mail ao O Globo, Lobão Filho diz que não tem data para assumir, mas nega que vá se licenciar para se livrar das acusações.

— Desejo encaminhar minha defesa, formalmente, com os respectivos documentos, ao meu partido e à Mesa do Senado antes de tomar posse. Eu ainda não decidi sobre datas. Não é essa a minha prioridade, no momento.

Lobão disse que o filho não vai se valer do foro privilegiado:

— Ele pretende se licenciar para responder lá fora. As acusações são do ponto de vista empresarial, não é nada político. Não existem recursos públicos envolvidos. É tudo muito injusto e falso.


http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?t=empresa_de_lobao_filho_era_de_fachada_diz_ex-socia&cod_Post=87238&a=111

Anônimo disse...

ENTREVISTA NO TERRA MAGAZINE:


Marco Antonio Villa: Sarney é um "cacique exitoso"

Sexta, 18 de janeiro de 2008, 09h02


Claudio Leal

Antônio Cruz/Agência Brasil

O senador José Sarney (PMDB-AP) conversa com a filha, a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA)






A nomeação do senador Edison Lobão (PMDB-MA) para o ministério de Minas e Energia, em meio às denúncias contra seu filho (acusado de usar laranjas em uma empresa para driblar dívidas fiscais), realçou o poder do senador José Sarney (PMDB-MA) nos bastidores da política brasileira.
Eleito deputado federal em 1965, governador do Maranhão entre 1966 e 1971 e presidente da República (1985-1990) na redemocratização do País, Sarney consolida, quase sempre de forma discreta, uma das mais longevas presenças políticas da República.

Em entrevista a Terra Magazine, o historiador Marco Antonio Villa, professor do departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos, analisa a trajetória de Sarney e defende que uma das características de sua força política - regional e nacionalmente - é jogo minimalista travado pelo poder local com o central.

- Ele consegue vender, se relacionar bem, tem essa forte presença nacional de décadas. Sarney é hoje o cacique mais exitoso da política brasileira, em termos de longevidade - afirma.

Villa é polemista de gume afiado. Autor de "Jango, um Perfil (1945-1964)" e "Vida e Morte no Sertão", pesquisador da história do Império e da República, ele sustenta uma crítica permanente às influências do coronelismo na esfera federal. Em 2005, escreveu um polêmico artigo, na Folha de S. Paulo, sobre José Sarney e o atraso social do Maranhão. Ganhou uma carta-resposta irada do filho do senador, Sarney Filho. Villa faz uma ressalva:

- ...(Sarney) vende um apoio maior do que ele tem. Me lembra um pouco o Evo Morales: vende o gado, mas não tem o gado. Ele vende uma influência que é muito superior à que tem no Congresso.

O historiador analisa com ironia a indicação do novo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

- Parece que o Sarney tem uma vocação pro setor elétrico. Ele sabe, no máximo, como nós, acender e apagar o interruptor (risos).

Adiante, confessa dois desejos, dirigidos ao ex-presidente e à sua filha, Roseana Sarney, líder do governo no Congresso.

Primeiro: - Eu gostaria que alguém chegasse pro Sarney e perguntasse por que ele tem tanto interesse no setor elétrico, se ele gostaria de ter sido engenheiro elétrico...

Segundo: - Eu até brinco: não consegui em 2007 ver, mas em 2008 meu sonho de consumo político é vê-la (Roseana) falar no plenário ou num debate. Até hoje, nunca vi - e assisto a TV Senado. Eu nunca a vi participar de um debate político!

Para Villa, a relação entre José Sarney e o presidente Lula guarda pragmatismo de ambos os lados. Lula atenuou a imagem negativa entre os conservadores; Sarney reformulou a aliança nacional para controlar o poder local, ainda que seu grupo tenha perdido o governo do Maranhão.

A seguir, a íntegra da entrevista do historiador Marco Antonio Villa.

Terra Magazine - O senador José Sarney acaba de emplacar um afilhado político no Ministério de Minas e Energia, o senador Edison Lobão (PMDB-MA). O senhor já tinha escrito um artigo polêmico sobre Sarney, na Folha de S.Paulo, em 2005. Mas como explicar, hoje, essa longevidade política?
Marco Antonio Villa - Você falou naquele artigo (A crise política e o coronelismo)... Lá no Maranhão deu uma confusão! Bem, o filho (Sarney Filho) me xingou numa carta à Folha, a TV Mirante... Tenho um amigo, velho amigo do tempo do movimento estudantil que mora lá: "Olha, você não sabe o que o pessoal da Mirante tá falando aqui de você." E eu nunca fui pra lá. Aí me convidaram, justamente o pessoal que faz oposição a Roseana, pra falar. Eu disse: "Tudo bem". Discutir questões gerais... Foi impossível achar um lugar. Quando acharam, os bombeiros interditaram! (risos)

Me liga um amigo: "Estamos com problema, não temos um local...". Eu disse: "Deixa pra lá, não quero arrumar um transtorno aí pra vocês". Os bombeiros identificaram um problema de incêndio...(risos) Acho que era o auditório da OAB, em São Luís. Descobriram que ele tinha problemas estruturais justamente quando eu ia falar. Mas os caras são realmente senhores da vida e da morte dos maranhenses, apesar de terem perdido as eleições, apesar de o Fernando (Sarney) correr o risco de sofrer agora um processo por causa do saque de R$ 2 milhões antes das eleições (de 2006). Mas eles só têm o poder no Maranhão porque têm o poder em Brasília. Quer dizer, o senhor local tem influência porque ele tem um pé no poder central. É o poder nacional que dá base pra ele ter o poder local.

Consolidou esse poder quando se tornou presidente da República?
Consolidou. Apesar de ele construir esse poder local desde a primeira gestão dele como governador, em 1965. Depois como senador, presidente da Arena. E ele construiu um império econômico. Porque o coronel local precisa ter influência política, mas também o poder econômico. Esse poder não é construído só pela área do comércio ou da agricultura, já que a indústria inexiste na região, mas precisa da mídia, é essencial. Aí a rádio, o jornal e a TV, especialmente a TV, são essenciais pra manter essa influência política local. E ele é retransmissor da Globo.

Um processo semelhante ao de Antonio Carlos Magalhães na Bahia?
O Antonio Carlos aproveitou o governo Sarney pra transferir a Globo pra TV dele, a TV Bahia. Foi fundamental pra consolidar o poder da família Magalhães. O Sarney aproveitou os 5 anos de presidência pra ter influência não somente no Maranhão, mas nos Estados vizinhos - no Piauí e, depois, em 1990, quando saiu candidato pelo Amapá.

Algo que o Assis Chateaubriand (fundador dos Diários Associados e ex-embaixador em Londres) já tinha feito.
Bem lembrado. Já tinha feito. E o próprio Ermírio de Moraes, lá atrás, quando saiu candidato ao Senado por Pernambuco, em 1962, pelo PTB. O pai do Antonio Ermírio. E ele (Sarney) sai pelo Amapá, até porque temia a possibilidade de ter processos, supostamente feitos pelo Collor, naquela história de "Caçador de Marajás". Mas no fim acabou não acontecendo nada.

A trajetória de Sarney não é diferente de ACM? Porque ele é discreto, esquivo a entrevistas, é literato...
Ah, isso... Nesse sentido, ele é o oposto de Antonio Carlos. Ele nunca põe a cara pra bater. Ele sempre evita o enfrentamento. E historicamente foi assim, não é só agora. Ele faz uma conexão muito boa com a área cultural, mas sendo agente cultural também. Supostamente como escritor, literato e tal... O Antonio Carlos fazia uma ponte com a cultura, mas ele não produzia...

Era o padrinho?
O padrinho.

E o que faz Sarney para se adaptar melhor ao governo Lula do que aos anteriores? Ele acaba de indicar o Lobão, no governo do partido que lhe fez oposição ferrenha.
Você vê que é uma coisa curiosa. No governo Fernando Henrique, ele não tinha o poder que tem no governo Lula. Curioso isso. Agora, eu acho que isso aí é uma questão de estratégia local. Ele percebeu que pra manter o poder em 2002, era preciso dar uma guinada nas alianças nacionais. Daí a busca, já na campanha presidencial de 2002, de se aproximar da candidatura do Lula. Evidentemente, só foi possível fazer essa aproximação porque já havia uma simpatia do Lula para com o Sarney. Ou seja, ele precisava buscar apoios tradicionais pra eliminar aquelas barreiras em relação a sua figura. Aí ele fez a ponte com José de Alencar para vice, fez com Sarney e outros líderes locais.

Mas o caso de Sarney é o mais representativo, pela importância histórica que o Sarney tem. Ele precisava estabelecer outras alianças no plano nacional. E sabia que a candidatura Lula no Maranhão era forte, por causa da representação simbólica de Lula em 2002. Nesse conjunto de interesses recíprocos, Lula-Sarney, Sarney-Lula, é que ele estabeleceu essa sólida aliança que o Lula faz questão de ressaltar a todo momento - com a presença de Sarney, inclusive, na campanha de 2006, abandonando o Jackson Lago (PDT-MA)...

Um aliado do PT e de Lula.
Lula apoiou a Roseana, fazendo questão de ir durante a campanha presidencial ao Maranhão. E fez questão de se penitenciar, quando inaugurou a ferrovia Norte-Sul, das críticas que fez à ferrovia, dizendo que quem estava certo era o Sarney...

Houve denúncias de licitações viciadas, feitas pelo jornalista Jânio de Freitas, em 1987.
Perfeito, o Jânio de Freitas fez com antecedência. Quer dizer, como se não soubéssemos de tudo aquilo. O Lula sempre jogou muito pesado nesse tipo de aliança, apostando que, com o Sarney, ele abriria a relação com o empresariado mais conservador. Teve que ceder uma fatia do poder federal pro Sarney. Inicialmente, até foi na parte de verbas, mas depois foi cedendo a Eletrobrás, parte do setor elétrico... Parece que o Sarney tem uma vocação pro setor elétrico. Ele sabe, no máximo, como nós, acender e apagar o interruptor (risos) Mas ele tem um naco importante e foi ampliando sua influência, especialmente nas agências que atuavam na área do governo federal, e dando apoio no Congresso. Só que ele vende um apoio maior do que ele tem. Me lembra um pouco o Evo Morales: vende o gado, mas não tem o gado. Ele vende uma influência que é muito superior à que tem no Congresso.

Menor com a perda do governo do Maranhão?
E perdeu o governo do Estado em 2006. Agora, sua filha é líder do governo no Congresso Nacional. Eu até brinco: não consegui em 2007 ver, mas em 2008 meu sonho de consumo político é vê-la falar no plenário ou num debate. Até hoje, nunca vi - e assisto a TV Senado. Eu nunca a vi participar de um debate político!

Uma característica do pai, não?
Isso, isso. É interessante porque a filha, como maior herdeira, não participa dos debates, dos embates. Busca fazer articulação nos bastidores. E vende pra elite política que é uma grande articuladora de bastidores, o que não é verdade, basta ver a derrota do governo na votação da CPMF no Senado. Mas vende muito essa idéia. O presidente Lula, não só ele, outros presidentes também tiveram dificuldade de trabalhar com os coronéis no Congresso, teme sempre o enfrentamento com o coronel. Como se enfrentar o coronel seria colocar em risco a governabilidade.

Mesmo com um partido como o PMDB, em retalhos?
Você pode enfrentar e contemplar outro setor do partido. Porque, afinal, o PMDB é uma federação de caciques, né? E o Sarney tem influência relativa sobre o partido. Porque há vários setores do partido que não se dão bem com Sarney. Várias seções estaduais têm verdadeira ojeriza a Sarney. Então, ele consegue vender, se relacionar bem, tem essa forte presença nacional de décadas. Sarney é hoje o cacique mais exitoso da política brasileira, em termos de longevidade.

Hoje, ele não está retocando a biografia?
Mas pensando sempre na permanência dos interesses da família. Ele busca vender a idéia de uma reserva moral da Nação. É essa idéia que ele vende através da Folha, às sextas-feiras. Nos artigos da sexta-feira, a impressão que ele dá é de que está em outro País, não está no Brasil. Como se ele não fosse um agente político, como se ele pairasse, a luta política fosse uma coisa rasteira, muito abaixo do que ele representa pro País...

Como se fosse, nacionalmente, um Ruy Barbosa?
É, agora alguns temem o enfrentamento. Eu gostaria que alguém chegasse pro Sarney e perguntasse por que ele tem tanto interesse no setor elétrico, se ele gostaria de ter sido engenheiro elétrico. Pode ser que ele quisesse ser engenheiro elétrico e por alguma razão seu pai o dirigiu à advocacia, e ele ficou frustrado, etc. e tal. Eu presumo que seja isso. Mas, ao mesmo tempo que ele pensa essa perpetuação da biografia, pensa em manter o interesse da família. Quando ele vem a São Paulo, almoça no Massimo. Mas ele janta com um coronel em Codó, lá no Maranhão. O contato com o Massimo não substitui o contato com o coronel de Codó. E vice-versa. Ele estabelece essa graduação. Tem muita influência porque lá é a cidade da bruxaria, ele tem lá os bruxos que o assessoram, essas coisas bem Latinoamérica...

Uns toques de misticismo.
O realismo mágico nosso não é na literatura, é na política. Ele só sobrevive porque nós temos um baixíssimo nível de debate político. Se tivéssemos um debate político efetivo no Brasil, e se a transição da ditadura pra democracia tivesse sido realizada da forma mais rápida e mais radical, como foi feita em Portugal e na Espanha, o Sarney certamente não teria o poder que tem hoje. Mas nós tivemos uma transição em que quem deu as cartas foram os setores atrasados, especialmente a elite nordestina, em que São Paulo perdeu o protagonismo, acabou Sarney tendo esse poder. Se tivéssemos um debate efetivo, certamente Sarney não teria o poder que tem. Por exemplo, se perguntassem a Sarney ou a seus asseclas o que foi o governo Sarney. Um governo que entregou a seu sucessor uma inflação de 90% ao mês. Março de 90 teve a segunda maior inflação da história do mundo. Antes foi com a Hungria, e depois nós.

Anônimo disse...

ENQUETE NO BLOG DO NOBLAT MOSTRA QUE O BRASIL REJEITA NOMEAÇÃO DE LOBÃO. 75.25% DISCORDAM DA NOMEAÇÃO DE LOBÃO.

Nova enquete

Responda aí do lado direito desta página: "Lula agiu certo ao aceitar a indicação pelo PMDB do senador Edison Lobão para ministro das Minas e Energia?"

Resultado da enquete anterior quando foi perguntado:

"O que você acha das medidas anunciadas pelo governo para compensar a perda de arrecadação com o fim da CPMF?"

Concordo 15.91%

Concordo em parte 4.73%

Discordo 75.25%

Discordo em parte 3.75%

Não tenho opinião 0.37%


http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?t=nova_enquete&cod_Post=87219&a=111

Anônimo disse...

O BLOG DE REINALDO AZEVEDO DA VEJA DÁ AQUELA DEBOCHADA NO MINISTRO LOBÃO...

Lobão: gastando energia para defender o Lobinho
Ô politicazinha miserável a nossa, não?

Edison Lobão, o ministro nomeado das Minas e Energia, ainda nem assumiu e já se vê obrigado a defender Edison Lobinho, o filho que vai assumir a sua vaga no Senado. Suplente, lá vai o rapaz ser um dos 81 “varinhos” de Plutarco sem ter tido jamais um miserável voto. Ok, é da regra (estúpida!) do jogo. O que não pertence às regras é o conjunto de acusações que pesam contra ele.

Prestem atenção: um homem que confessa nada entender de energia vai assumir a área estratégica num momento de crise. ATENÇÃO: HÁ UMA CRISE, SIM, QUE O GOVERNO SE NEGA A RECONHECER. Considera que isso seria a admissão de erro ou de fraqueza. Como Lula e seus homens — e mulheres — são muito prepotentes, deixam de fazer o certo. O país já deveria ter sido convidado a poupar energia. Mas, até agora, nada. A situação nos reservatórios, especialmente no Nordeste, beira o dramático.

E o mais patético é o que o próprio Lobão afirma sobre o efeito das acusações nele próprio: “Espero que não atrapalhe, mas que toma muita energia, toma”. Entenderam? Além de ser um ignorante completo no setor, o homem admite que as suspeitas o atingem, consumindo a sua... energia!!! Um país e um ministro em crise energética...

Lobão, de fato, está mais para um macaco velho. Sobre o Lobinho, diz: “Ele pretende se licenciar para responder lá fora as alegações que se fazem contra ele sob o ponto de vista empresarial e que não têm nada de política nem existem recursos públicos envolvidos". Calma lá, ministro da falta de energia! Caso se comprove o esquema de sonegação, trata-se, sim, de recursos públicos. Ademais, ainda que não fossem: a desonestidade na vida privada não convida ninguém a ser senador. O senhor pode até dizer que há muitos casos assim. Mas isso não faria de seu Lobinho um cordeiro.

Ela manda
O governo está tranqüilizando o país. Os petistas deixam claro a quem quiser ouvir que Dilma Rousseff continuará no controle do ministério, que a nomeação de Lobão é só coisa da política... Sei. É pra gente relaxar e gozar com a luz acesa? Convenham: então foram os homens da ministra que fabricaram a crise de energia que está aí, certo? Faz cinco anos que ela é a czarina do setor, e continuamos a depender da enxurrada. Mais: é a hora de usar um setor de fato estratégico, pedra de toque de qualquer programa de crescimento econômico acelerado, para fazer politicagem? Não há áreas menos sensíveis para lotear? De resto, não fosse a distribuição de cargos, ainda que de segundo escalão, por que o PMDB se contentaria?

http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/2008/01/lobo-gastando-energia-para-defender-o.html

Anônimo disse...

A COLUNA RADAR ONLINE DE VEJA NOS MOSTRA QUE TIPO DE "SENADOR" SERÁ EDINHO E VAI MAS ALÉM MAOSTRANDO QUE O CANDIDATO DE SARNEY E LOBÃO A PRESIDÊNCIA DA ELETROBRÁS OU DIRETORIA FINANCEIRA DA ESTATAL, ASTROGILDO QUENTAL, TÁ MAS ENCALACRADO AINDA QUE SEUS MENTORES E RESPONDE POR PECULATO. VOCÊ DARIA O SEU DINHEIRO A ALGUÉM ACUSADO DE ROUBO? O LOBÃO DARIA...


SENADO
As férias do Edinho 1 | 10:20

Edison Lobão Filho, o Edinho, tem um apego todo especial ao período de férias. Deve ser por isso que, embora esteja todo enredado em revelações que misturam laranjas, assinaturas falsas e fraudes variadas, está impassível nos EUA de férias. Está em jogo a sua honorabilidade, o seu cargo de senador (ele é, como se sabe, suplente do pai) e nem assim Edinho considerou voltar ao Brasil com urgência para cuidar dos seus rolos.


As férias do Edinho 2 | 10:11

Se assumir, vai dar um senador e tanto.


GOVERNO
A Eletrobrás de Lobão | 06:30

Edison Lobão ainda não definiu o nome do futuro presidente da Eletrobrás. Mas tirou da reta Astrogildo Quental, também afilhado político de José Sarney e até agora um dos mais cotados para o cargo. Quental, porém, não ficará na mão. Será o diretor-financeiro da estatal.


Superfaturamento, peculato e etc. | 06:29

Mas quem é mesmo Quental? Um breve currículo para não encher a paciência do leitor: ex-secretário de Infra-Estrutura do Maranhão nos anos 90, Quental é acusado de peculato numa ação civil pública que tramita na Justiça Federal. O processo é movido pela Procuradoria-Geral do Estado. Do que se acusa Quental? De superfaturar uma obra e desviar recursos públicos.

http://vejaonline.abril.uol.com.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=1&pageCode=1286

Anônimo disse...

JUSTIÇA AFASTA PREFEITO ALIADO DOS SARNEY DO CARGO.

Prefeito de Paço do Lumiar é afastado do cargo

A Justiça deferiu na última quarta-feira (16) o pedido de liminar, exigindo o imediato afastamento do prefeito de Paço do Lumiar, Gilberto Silva da Cunha Santos Aroso (DEM), e o presidente da comissão permanente de licitação, Roberto Campos Gomes. Eles foram acionados pelo Ministério Público do Maranhão, no mês de novembro de 2007, por ato de improbidade administrativa, em razão da montagem de processos de licitação que eram publicados apenas na versão do Diário Oficial do Estado (DOE) na Internet. Com o afastamento assume o vice-prefeito, Arnaldo Santiago (PP).

O Ministério Público pediu, também, a indisponibilidade dos bens dos acusados, mas a Justiça não considerou porque ainda não há levantamento do quantitativo do prejuízo ao erário público para o possível ressarcimento.
A ação civil pública contra o prefeito e o assessor dele resultou do trabalho conjunto da titular da 1ª Promotoria de Justiça de Paço do Lumiar, Gabriela Brandão Tavernard, e dos promotores de justiça da Probidade Administrativa de São Luís, Marcos Valentim Pinheiro Paixão e João Leonardo Sousa Pires Leal.

O esquema da administração municipal de Paço do Lumiar foi denunciado em representação criminal feita no início de 2006, pelo tio do prefeito, Amadeu da Cunha Santos Aroso Neto. Além da representação, o denunciante encaminhou ao Ministério Público a cópia de dezesseis edições do DOE, publicadas entre os meses de abril de 2004 e junho de 2005.

De acordo com Amadeu da Cunha, seu sobrinho publicava tomadas de preços com data retroativa e que, apesar de não constarem na edição impressa do DOE, podiam ser encontradas na versão virtual da publicação na internet. A fraude era executada com a diminuição dos espaços entre os caracteres de outros atos publicados na versão em papel e pela inclusão dos avisos de licitação do município no espaço obtido com a redução de texto.

O tio de Gilberto Aroso afirmou ao Ministério Público que percebeu a diferença entre as versões impressa e virtual do DOE em agosto de 2005, quando consultou o site da publicação na internet, mas não conseguiu imprimir a edição em questão. Ao adquirir a edição impressa na supervisão do DOE, observou que a versão em papel não continha o processo licitatório. Um levantamento feito pelo próprio Cunha sobre diversas publicações de avisos de licitação apontou que estas só constavam da versão virtual do Diário.

Convocado a depor, o presidente da Comissão de Licitação de Paço do Lumiar, Roberto Campos Gomes, informou que o pagamento da publicação de matérias no DOE é feito mediante depósitos em conta corrente, cujos comprovantes ficam arquivados no setor contábil da prefeitura e que o controle das publicações ocorre somente através da Internet.

Para apurar as denúncias, a promotora de justiça de Paço do Lumiar, Gabriela Tavernard, requisitou informações à Supervisão do DOE sobre as divergências nas publicações dos avisos de licitação da prefeitura de Paço do Lumiar. Quando solicitou a remessa dos comprovantes de pagamento das publicações, a promotora descobriu que os recibos não existiam.

Paralelamente, inquéritos instaurados pela Polícia Federal e pela Delegacia de Defraudações confirmaram, ao comparar os recibos de publicação encaminhados por Gilberto Aroso com os comprovantes de depósito entregues pela supervisão do DOE, que os documentos fornecidos pelo prefeito haviam sido adulterados.

Além disso, um exame grafotécnico feito pelo Instituto de Criminalística (Icrim) comprovou que as supostas assinaturas da chefe do departamento de coordenação e controle do DOE, Doraci Vieira de Sousa, nos recibos apresentados por Gilberto Aroso eram falsas.

A divergência entre os exemplares impressos do DOE e a versão virtual das publicações também foi confirmada pela assessoria técnica da Procuradoria Geral de Justiça. Depois de analisar as publicações, o órgão da PGJ constatou, ainda, que os recibos de publicação apresentados pelo prefeito Gilberto Aroso são totalmente diferentes daqueles com a mesma numeração e fornecidos pelo Diário Oficial.

De acordo com a promotora de justiça Gabriela Tavernard, o prefeito de Paço do Lumiar já respondia a diversas ações por improbidade administrativa ajuizadas pelo Ministério Público maranhense, entre as quais, uma pela contratação ilegal de funcionários e outra por irregularidades na construção de quiosques no bairro do Maiobão.


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http://imirante.globo.com/mariocarvalho/