O óbvio sobre a greve dos professores

Uma quantidade relativamente grande de leitores me perguntam sobre minha opinião em relação à greve dos professores. Aí vai:

1 – O governo do Estado errou ao minimizar a importância política do Sindicato dos Professores. Foi um erro coletivo, que começou no finzinho do governo Zé Reinaldo e prosseguiu nos primeiros meses do governo Jackson. Erraram ao agir de forma conservadora não ouvindo o sindicato antes de tomar suas decisões.

O correto (na minha modesta opinião) seria fazer todas as modificações que queriam fazer e ter o sindicato como legítimo avalista. Perderam a chance.

2 – Uma disputa interna entre os grupos do Odair (PC do B) e Marcelo Pinto (PT) atrapalha a busca por solução e quem tira proveito é o grupo Sarney/Mirante.

A briga interna se torna mais importante que os interesses dos professores, dos alunos e do Maranhão como um todo.

3 – O grupo do Marcelo Pinto (ligado também a Helena Heluy) não ajuda a busca de um acordo. O objetivo deles é desgastar a atual direção do Sindicato (Odair) e atingir fortemente o governo Jackson. Marcelo integra o grupo de petistas, minoritário no partido, que odeia Jackson (vocês lembram, em 2006, do "grande" Zé Antonio Heluy declarando voto em Roseana). Para atingir seus objetivos Marcelo (porta voz dos odientos) faz da Mirante uma espécie de Comitê Central da greve/campanha.

4 – Coroné Sarney, através do seu Sistema Mentira, não quer o fim da greve. Para ele vale a lei do quanto pior melhor. O objetivo dele Sarney é fazer com que os estudantes percam o ano letivo e assim a Mirante/Sarney tenha discurso para bater no governo Jackson.

5 - Nesta celeuma que envolve os interesses mesquinhos do grupo Sarney (potencializado pelo império de comunicação), as contradições do movimento sindical e as dificuldades do governo, quem perde é o aluno e a sociedade. Êta Maranhão...