domingo, 1 de abril de 2007

O dia 19 de fevereiro de 2008 fomos surpreendidos com um triste informe do líder máximo de Cuba, Fidel Castro Rúz, em este o líder revolucionário dizia que não aceitaria a indicação que o estado de Santiago faria para que ele concorre-se as próximas eleições nesta ilha.

Em seu comunicado dizia que de agora em diante queria ser conhecido somente como companheiro Fidel, mencionou os grandes avances da revolução nestes últimos 50 anos, em que Cuba declarou independência ao imperialismo, afirmou que depois que Cuba sofreu uma grande crise chamada "período especial", hoje se encontra em pleno desenvolvimento, graças à confiança que o povo cubano depositou na revolução e no sonho de dias melhores, de dias de menos desigualdades, de menos miséria, e de mais humanismo, humanismo ao qual foge dos limites desta ilha, e que se internacionaliza com a esperança de tornar o sufrágio dos povos irmãos menos intensos.


E que Cuba está preparada para seguir avançando com a opção de bons postulantes ao cargo de Chefe de Estado, que seria inconseqüente sua permanência em um cargo de tanta importância, com o qual ele não poderia respaldar com o máximo de si, por sua condição de saúde.

A população de Cuba tomou esta notícia com muita tristeza, pessoas que tinham a esperança da recuperação de Fidel e seu imediato retorno a chefia do país, choravam. Eu particularmente passei minutos sem poder tragar minha própria saliva.
Depois de um grande tempo como Chefe de Conselho de Estado, Fidel representa para Cuba muito mais que um presidente, muitos mais que um político, que um comandante das Forças Armadas, o nome Fidel em Cuba significa: pátria, heroísmo, força, liderança, dedicação, superação, significa não resignar-se jamais as dificuldades impostas, e já transpassa a sua própria condição física, pois imerge nos corações dos cubanos, com um espírito de força, e de esperança. O exemplo de Fidel é posto ao lado de Martí, Che Guevara, e muitos outros heróis de Cuba, como uma arma letal contra os interesses imperialistas e escravistas dos países que tentam impor seu domínio sobre Cuba e dos países pobres de América Latina e do Mundo.

Tenho certeza que Fidel tem a credibilidade de fazer qualquer pedido ao seu povo, ao qual lê demonstra muita confiança, assim como fez quando pediu que os campesinos resistissem às tropas armadas de Batista, também quando pediu que os cubanos tivessem força e coragem contra os atentados terroristas que a CIA do Governo norte-americano promoveu contra Cuba, a parti dos anos 60, também quando pediu no "período especial"(depois da queda da URSS, de 1992 a 2001) ao povo cubano, quando muitos não tinham nem um ovo para pôr na mesa, que acreditassem na revolução que esta era uma etapa a ser superada pela união e a solidariedade.

Porém, acredito que Fidel só não tem direito de fazer "um pedido": Para não ser chamado de "Comandante", assim como é chamado de forma carinhosa e respeitosa desde os tempos de Sierra Maestra, e em Cuba todos já se manifestam que não vão atender ao seu pedido, que ele não é um comandante institucionalizado, e sim o querido comandante.

Muitas foram as cartas de todas as partes do mundo de apoio a Fidel, de apoio a revolução, de apoio a Cuba, e em todas estas se faziam os merecidos reconhecimentos a este grande homem, que é um dos poucos homens que entraram para história ainda vivo, e com toda certeza é o grande orgulho de Cuba.

Ao contrario do que a revista FORBS havia publicado sobre a suposta riqueza de Fidel, onde colocava que ele estava entre os dez homens mais ricos do mundo, pois segundo FORBS, todo o que possuía o estado era de bem pessoal de Fidel, Fidel deixa o governo apenas com o orgulho e reconhecimento de um grande soldado, que abdicou da sua própria vida, para entregar ao seu povo, ao seu país.

Que não se deixem enganar aqueles que pensam que Cuba se tornou mais frágil por isso, pelo contrario, os cubanos apóiam a decisão de Fidel, pois sabem que se Fidel tomou esta decisão, era porque estava pensando no melhor para Cuba.

Lenimarx S. Costa