Após matéria do blog causar frisson na comunidade cultural da cidade com a matéria mostrando as intenções do cantor e compositor Rogéryo Du Maranhão transformar a Fundação de Cultura e Secretaria, várias lideranças escrevera m para o blog, comprando a ideia e apoiando as mudanças propostas por Rogéryo na Cultura.
Fiquem com o artigo enviado pelo professor Gilson Leite, que é pesquisador e estudioso das tradições culturais negras do Maranhão e militante da Organização Consciência Negra.
Pesquisador cultural Gilson Leite
Pesquisador cultural de São Luís indica Rogéryo Du Maranhão
Após o pleito de escolha dos gestores das unidades federativas do Brasil, assistimos de forma desenfreada a corrida sucessória, mediada pela dinâmica de transição política, objetivando instalar uma nova gestão ou continuidade processual de alguma proposta em curso.
Paraleloa esse processo discute-se no bojo dessa ação as expectativas de Diretrizes que tomarão corpo na gestão de Politicas públicas que serão executadas a partir de Janeiro do ano vindouro.
Dentre as diversas politicas que permeiam os Direitos e anseios dos cidadãos, me reporto particularmente à Política de Cultura a ser implementada na cidade de São Luís, uma unidade federativa demarcada pela efervescência social, resultante das manifestações culturais que, a cada vez, confirmam a diversidade como marca da identidade ludovicense.
De todos os cantos da cidade despontam movimentos pela valorização das nossas raízes culturais, gerados não só pelos que produzem as artes e aqueles/aquelas diretamente comprometidos/comprometidas com a cultura, mas envolvendo, sobretudo os/as cidadãos/cidadãs interessados/interessadas em construir uma expressão cultural da cidadania.
Nesse contexto será necessário entender que o Direito à cultura deve ser concebido enquanto um Direito humano, intimamente relacionado ao conceito de desenvolvimento humano sustentável que privilegie a vida na sua concepção mais ampla do sagrado, ancorado pelos nossos valores culturais.
Somente dessa forma poderemos construir uma cultura da paz que subverta a visão dominante de desenvolvimento que fragmenta os/as cidadãos/cidadãs enquanto participação ativa de processos vitais e os/as transforma em mero-meras consumidor- consumidoras passivo-passivas. Nesse sentido compreendo que a cultura assume um papel relevante e estratégico para a construção da felicidade em nossa cidade, na medida em que a mesma se traduz enquanto força emocional do imaginário e patrimônio espiritual da humanidade, capaz de mover às pessoas, as comunidades, as escolas e o cotidiano dos/das cidadãos/das cidadãs na construção de uma cidade sem miséria, sem exclusão, sem violência, sem discriminações, com mais igualdade na perspectiva de um município gestado para o bem comum para todos/todas.
Essa importância singular da cultura precisa ser entendida enquanto força motriz na gestão das politicas públicas, ferramenta de transformação social, capaz de gerar a cidade do acolhimento, da participação coletiva, do respeito, da solidariedade, da proteção aos desvalidos socialmente, especialmente as crianças, os jovens, os idosos e as populações das periferias, que vivem uma cruel realidade, a mercê do sofrimento do que vem sendo produzido pela droga e o tráfico.
Diante do exposto estou convicto que a cultura do município da cidade de São Luís precisa ser encarada com relevância e respeito, para que a mesma possa ocupar seu lugar merecido e cumprir com a sua função social, nessa perspectiva penso que a mesma precise de uma gestão mais arrojada e qualificada, que encare os desafios de estruturação de um Sistema Público Municipal de Cultura, com todos os seus componentes estruturantes; nessa perspectiva é que está se organizando na nossa cidade um movimento cultural pela ética, transparência, renovação na politica e gestão pública formado por artistas, diretores, compositores e produtores culturais, educadores, representantes de comunidades, organizações, agremiações, associações, redes, fóruns, institutos culturais, comunitários e sociais, de manifestações artísticas da cultura popular, das artes plásticas, cênicas, música, canto coral, amantes da cultura universal e de corações sangrando pela nossa cultura ludovicense.
Movimento que trás no seu corpo a marca da pluralidade, daqueles que misturam fé e alegria e que embalados pela coragem, apresenta o nome de Rogério Du Maranhão – um expoente do nosso universo artístico-cultural – uma pessoa ilibada por atitudes éticas e perfilada pelo lastro da competência técnica, atributos que lhes dão alicerce para nos representar na condução da Política de Cultura do Município de São Luís.
Neste momento de RENOVAÇÃO, acreditamos que para a construção de uma nova forma de pensar o fazer político pautado em valores de honestidade, seriedade, honradez, ética, transparência e competência no trato com a “coisa pública”, o nome de ROGÉRIO DU MARANHÃO para essa tarefa constitui-se uma honrosa possibilidade de fazer avançar a trajetória percorrida até o momento pela política de cultura da cidade de São Luís.
Nesse particular entendemos que somente uma pessoa do nosso meio cultural (cantor, compositor, produtor, instrumentista, ator, poeta, membro da academia Vianense de letras), reconhecido pela comunidade artística, com experiência de produção (24 CD’s gravados e 04 livros editados) e gestão (Fundador e Diretor da Fundação Dilú Melo) reúna as qualidades e os compromissos que coloque a cidade de São Luís nos trilhos do século 21 da modernidade da gestão da cultura.
Gilson Leite – Acadêmico de Pedagogia da Universidade Estadual do Maranhão
Militante da Organização Consciência Negra- CNEGRA
Coordenador do Fórum Estadual de Comunidades Negras Tradicionais do Maranhão
Pesquisador e Estudioso das tradições culturais negras do Maranhão
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