segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Até quando o Brasil favorecerá a corrupção?



Por que no Brasil os políticos corruptos usam as estruturas da justiça para se dar bem?
A justiça e as s leis de qualquer país devem ser levados a sério por todos. O Brasil da atualidade não é assim. Em pleno século XXI, a população dessa soberana nação, ainda está sob o domínio de mentes criminosas que articulam friamente seus planos, com o aval das autoridades e de toda estrutura federal.
Até quando isso? Até quando nossos impostos serão usados para enriquecer corruptos? 
Aos domingos, José Sarney, que ocupa o cargo de presidente do Senado escreve na sua coluna de seu jornal, como se fosse um verdadeiro homem de bem, um patriota, um verdadeiro estadista, homem justo, em alguns casos, um injustiçado que só fez o bem e foi traído….
Alguns jornalistas e admiradores caninos do senador pelo Amapá, chegam ao ridículo de afirmar que são poucos os que têm ojeriza ao Sarney, “uma meia dúzia de oposicionistas” detestam o senador.
Na verdade, no Maranhão inteiro o senador é odiado, não pelo que fez de bem (se é que já fez algum), não. O político José de Ribamar Sarney é odiado pelo que deixou de fazer, ou seja, deixou o Maranhão, que é governado pela sua família há várias décadas, até hoje, na extrema pobreza (miséria).
Dizem que nas próximas eleições ele vai deixar de mandar na estrutura federal (muita gente espera isso), sobretudo, os maranhenses que tiveram anulados seus votos em 2006, quando Sarney usou nitidamente as estruturas do TSE para cassar o único governador maranhense (da oposição), para colocar no lugar dele, sua filha.
É isso, tão somente por essa razão que Sarney é odiado por todos, não é nada pessoal, qualquer pessoa de bem e, que quer justiça, pensa assim.
Agora é a sua filha, Roseana Sarney, que enfrenta na justiça um processo volumoso de abuso de poder econômico, que poderá cassá-la. Mas, Sarney novamente está pisando na justiça brasileira…
Vejam a matéria abaixo:
Há cem dias, Gurgel guarda um processo que ameaça Roseana Sarney.
Por Mauricio Dias, em CartaCapital
É sinal positivo o clamor da oposição, em coro com trêfegos parlamentares da base governista, contra o texto do deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da CPMI sobre as atividades criminosas e as afinidades eletivas do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Cunha incomodou muita gente e contrariou variados interesses. Não se sabe se o relatório conseguirá cruzar a tempestade provocada pelos contrariados e chegar a porto seguro. Na partida, se assemelha a um barquinho navegando sob bombardeio. E pode afundar antes de ancorar.
Há cem dias, Gurgel guarda um processo que ameaça Roseana Sarney.
A lista de indiciados e de responsabilizados, elaborada por Cunha, é uma carga pesada. O relator julgou suficientes as provas colhidas que, em princípio, são capazes de derrubar o governador tucano Marconi Perillo (GO); de incriminar jornalistas que, ao romper limites éticos, transitaram do campo da investigação para o da associação, e de provocar danos graves ao empresário Fernando Cavendish, da Delta, entre outros casos.
Notadamente, o relatório pode desestabilizar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Gurgel é peixe graúdo. A contrariedade da mídia, com a inclusão do nome dele na lista de Cunha, comprova. Ele tornou-se um procurador heterodoxo. Virou peça do jogo político de curto e de longo prazo. Em linhas gerais, passou a atuar afinado com a oposição a Dilma, a colaborar com o esforço de neutralização de Lula e, por fim, mas não menos importante, a agir com o objetivo de encerrar o ciclo do PT no poder.
Caso aprovado, o relatório de Cunha pode abalar Gurgel e, inclusive, interferir na própria sucessão dele, na PGR, em julho de 2013. Roberto Gurgel é acusado por crimes constitucional, legal e funcional. A aprovação do relatório, nesse ponto, levará a questão à Comissão de Constituição e Justiça do Senado, competente para processar o procurador-geral por crime de responsabilidade.
No STF, Gurgel seria julgado por improbidade administrativa e por prevaricação. O procurador-geral foi fisgado porque manteve engavetadas as denúncias da Operação Vegas. Assim atraiu a suspeita de ter sido conivente com as atividades criminosas de Cachoeira, apuradas pela Polícia Federal. Ele alegou à CPI que tinha detectado somente desvios no “campo ético”, insuficientes para abrir ação penal.
Gurgel, no entanto, mantém outros problemas na gaveta. Há quase cem dias guarda o processo enviado ao Ministério Público, no qual a governadora Roseana Sarney (MA) é acusada de assinar convênios com as prefeituras, no valor aproximado de 1 bilhão de reais. Cabe a ele dar um parecer que pode levar Roseana a perder o mandato.
Há quem veja nessa morosidade um conluio entre o senador Sarney, pai da governadora, e Gurgel. Sustentam essa hipótese renitentes coincidências. José Arantes, assessor parlamentar do procurador-geral foi assessor parlamentar de Sarney na Presidência da República. Seria apenas um detalhe curioso?
Mas há problemas concretos. Um deles, já denunciado nesta coluna, levou o presidente da Câmara quase à exasperação. Na terça-feira 20, o deputado Marco Maia criticou pública e duramente o Senado pela morosidade em votar a indicação do professor Luiz Moreira, já aprovada pelos deputados, para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNPM).
Seria “morosidade gurgeliana”? Ou seja, a indicação estaria bloqueada por Sarney em favor de Gurgel? Gurgel teria bloqueado o processo de Roseana em favor de Sarney? Finalmente, haveria nessa história uma vergonhosa troca de favores?

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